Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » 57 mil brasileiros morrem por ano devido ao consumo de alimentos ultraprocessados, estima pesquisa
    Saúde

    57 mil brasileiros morrem por ano devido ao consumo de alimentos ultraprocessados, estima pesquisa

    Segundo pesquisadores, consumo de industrializados no país cresceu 20% nos últimos 10 anos; redução poderia salvar mais de 29 mil vidas por ano
    novembro 7, 2022Nenhum comentário3 min para ler
    Consumo de ultraprocessados também pode afetar a capacidade absorção de nutrientes e provocar processos inflamatórios no intestino (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

    Redação

    O consumo de alimentos ultraprocessados é responsável pela morte de aproximadamente 57 mil pessoas por ano no Brasil. A estimativa é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade de Santiago de Chile.

    De acordo com o artigo publicado na revista científica American Journal of Preventive Medicine, em 2019, das 541,2 mil mortes prematuras (de pessoas com idade entre 30 e 69 anos) no país, 10,5% puderam ser associados aos alimentos ultraprocessados. Número que, conforme alertam os pesquisadores, foi maior do que o total de homicídios registrados no mesmo ano em todo o território nacional (45,5 mil segundo o Atlas da Violência).

    Ainda segundo a pesquisa, em 2019 a maioria das mortes atribuíveis aos ultraprocessados ocorreu entre homens (60%). Em relação à faixa etária, os óbitos foram mais numerosos entre pessoas entre 50 e 69 anos (68%).

    Os cientistas explicam que os alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas com partes de alimentos e que geralmente contém aditivos sintetizados em laboratório, como corantes, conservantes e aromatizantes. Entre os exemplos mais comuns estão os salgadinhos de pacote, refrigerantes, pizzas e lasanhas congeladas, macarrão instantâneo, salsichas e nuggets.

    Leia mais: MST recebe prêmio da ONU por trabalho de promoção da justiça social no Brasil

    De acordo com o estudo, além de estar relacionado ao aumento de peso e ao risco de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, o consumo de ultraprocessados também pode afetar a capacidade absorção de nutrientes e provocar processos inflamatórios no intestino.

    Saúde pública

    Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os pesquisadores verificaram que o consumo de ultraprocessados no Brasil aumentou 20% nos últimos 10 anos e corresponde, hoje, a 19,7% das calorias ingeridas pela população. De acordo com os cientistas, a redução do consumo de ultraprocessados pela metade, retomando os índices da década de 1990, poderia poupar 29,3 mil vidas por ano.

    Contudo, o estudo destaca que, mais do que o esforço individual dos cidadãos e cidadãs, a diminuição do consumo de ultraprocessados passa pela adoção de medidas de saúde pública por parte do Estado brasileiro. Neste sentido, os cientistas ressaltam a necessidade de intervenções que estimulem a produção e o consumo de alimentos saudáveis, como a criação de políticas de subsídios, compras institucionais de alimentos e fortalecimento da agricultura familiar.

    Além disso, também chamam atenção para a importância de medidas que desencorajem a ingestão de ultraprocessados, como, por exemplo, a regulamentação da publicidade e venda em ambientes escolares, o aumento da tributação de tais produtos e a implantação de uma nova rotulagem que alerte para os potenciais malefícios à saúde.

    Guia Alimentar

    Para orientar e ampliar as ações governamentais em relação aos ultraprocessados, os pesquisadores recordam que em 2014 o Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP) e com o apoio da Organização Pan Americana da Saúde (Opas/Brasil), publicou o Guia Alimentar para a População Brasileira.

    Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), quase 100 países em todos os continentes têm o próprio guia publicado. Os documentos levam em conta a cultura e os hábitos alimentares de cada nação. De acordo com o Nupens, o guia brasileiro se destaca pelo “caráter inovador” e “quebrou paradigmas, estabeleceu novos conceitos no campo da Nutrição e influenciou documentos de outros países, como Canadá, Israel, Uruguai, Equador e Peru”.

    *Com informações de O Joio e O Trigo

    Edição: Jaqueline Deister

    alimentos saúde ultraprocessados
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Fiocruz alerta foliões sobre transmissão de vírus respiratórios no Carnaval

    Governo Federal dá início a ações emergenciais de apoio aos povos Yanomami

    Fiocruz aponta para o predomínio de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    março 20, 2023

    Relatório sobre mudanças climáticas aponta urgência de medidas mais ambiciosas para garantir futuro “habitável para todos”

    março 17, 2023

    Em carta aberta, comunicadoras e jornalistas cobram segurança e garantia de liberdade de expressão

    março 16, 2023

    No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+

    março 15, 2023

    Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias

    Mais lidos
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Em 2023, campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo reforça a importância da luta antirracista no Brasil
    • No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+
    • Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias
    • “Tempo demais”: assassinato de Marielle e Anderson completa 5 anos sem respostas
    Podcast
    junho 20, 20220

    Pulsar Brasil lança série de podcast sobre a participação de mulheres na política brasileira

    Educação
    maio 12, 20220

    Enem 2022: Inscrições abertas até o dia 21 de maio

    Geral
    abril 22, 20220

    Entenda o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

    Geral
    março 15, 20220

    Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Gênero
    março 8, 20220

    8M: “Estamos fortalecidas e vamos, sim, mudar o mundo”, afirmam comunicadoras da Amarc

    Coberturas especiais
    fevereiro 11, 20220

    Dia Mundial do Rádio: Comunicadores comunitários falam sobre a importância do “avô das mídias” nos dias de hoje

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.