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    Cultura

    A despedida do “canto extraordinário” dos muitos Brasis eternizados por Gal Costa

    Dona de uma das vozes mais marcantes da música brasileira, cantora faleceu na última quarta-feira (9) em São Paulo
    novembro 10, 2022Nenhum comentário4 min para ler
    Gal Costa colocou a sua voz à serviço da história e da cultura brasileira (Foto: Divulgação)

    Na última quarta-feira (9), o mundo foi surpreendido com a notícia da morte de uma das maiores cantoras da história da música brasileira. Com 77 anos, Gal Costa faleceu dentro de casa, em São Paulo.

    Desde setembro a cantora estava afastada dos palcos para se recuperar de uma cirurgia de retirada de nódulo na fossa nasal direita. A causa da morte, contudo, ainda não foi confirmada.

    O velório da intérprete será realizado sexta-feira (11) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A cerimônia será aberta ao público e deve ocorrer das 9h às 15h. Conforme divulgou a assessoria de Gal, o enterro será fechado para amigos próximos e familiares.

    Homenagens

    Ainda na quarta-feira, milhares de homenagens à baiana de Salvador tomaram conta das redes sociais, portais de notícias e jornais em todo o mundo. Entre os depoimentos e tributos, destacaram-se as mensagens deixados pelos companheiros de juventude e de Doces Bárbaros, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Maria Betânia.

    Em seu perfil em uma rede social, Gil publicou um vídeo em que ressalta “o encanto do canto extraordinário” de Gal Costa.

    “Vai com ela a voz maviosa, o encanto do canto extraordinário que sempre foi a sua marca. Fica conosco a saudade, a tristeza, o pesar”, diz o cantor ao som de “Viagem Passageira”, canção composta por ele e interpretada pela amiga no disco “A Pele do Futuro”, lançado em 2018.

    Compositor das primeiras músicas gravadas por Gal, no álbum “Domingo”, de 1964, Caetano Veloso também fez questão de mencionar a voz marcante da amiga que conheceu na Salvador de 1960.

    “Gal era uma menina que morava na Rua Rio de São Pedro, na Graça. O mais tocante era a emissão da voz. João Gilberto, Antonio Carlos Jobim e eu percebemos isso. Há muitos outros aspectos em que a canção brasileira se encontrou engrandecida por vozes femininas. Mas a emissão da voz em Gal era já música, independentemente do domínio consciente das notas. E isso fazia com que o espírito dela expressasse sutilezas, pensamentos, sentimentos, asperezas, doçuras, de modo espontâneo”, escreveu.

    “Única” e “magistral” foram as palavras escolhidas por Maria Bethânia para se referir ao canto da artista cuja partida, como sublinha Bethânia, fez o Brasil inteiro chorar.

    “Em choque, triste demais, difícil demais. Eu nunca pensei um dia chegar a vocês para falar sobre a dor de perder Gal. O Brasil que ela sempre encantou com sua voz única, magistral, hoje, inteiro, chora. Como eu”, declarou a cantora.

    Trajetória

    Nascida em Salvador no dia 26 de setembro de 1945, Maria da Graça Costa Penna Burgos iniciou a carreira musical na década de 1960. Seu primeiro álbum, “Domingo”, foi lançado em 1967 já com o nome artístico “Gal Costa”.

    No ano seguinte, em plena ditadura militar no país, Gal participou, ao lado de Caetano, Gil, Bethânia, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé, da inauguração do movimento tropicalista com o álbum (e manifesto cultural) “Tropicália ou Panis et Circencis”. A interpretação de “Baby” foi um dos grandes sucessos do disco.

    Disco/manifesto “Tropicália ou Panis et Circenses” (Foto: Reprodução)

    Nos anos 1970, com o exílio de Gil e Caetano, Gal acaba assumindo o posto de uma das principais representantes do tropicalismo e, consequentemente, da contracultura no país. É nessa época que, junto com artistas como Jards Macalé, Waly Salomão e Hélio Oiticica, ela lança o show “Fatal”, posteriormente gravado no álbum ao vivo “Fa-Tal – Gal a Todo Vapor” (1971).

    Nos anos seguintes, e ao longo de toda sua carreira, Gal transitou por diversos estilos e projetos musicais e colocou sua voz à serviço da história e da cultura brasileira. Distribuído em mais de 40 álbuns gravados, o extenso repertório de Gal inclui canções que vão desde sambas de roda da Bahia e composições de Dorival Caymmi, João Gilberto e Tom Jobim, até parcerias com artistas da nova geração como Marília Mendonça, Seu Jorge e Criolo, passando por nomes como Tim Maia, Luiz Melodia, Cazuza e tantos outros.

    “Divino Maravilhoso”, “Coração Vagabundo”, “Índia”, “Barato Total”, “Flor de Maracujá”, “Pérola Negra”, “Desafinado”, “Cinema Olímpia” e “Um dia de domingo” são apenas alguns exemplos das dezenas de sucessos que ficam como legado da cantora que emocionou o Brasil e o mundo com sua voz e presença inesquecíveis.

    Confira o show completo “A Pele do Futuro” de Gal Costa:

    Edição: Jaqueline Deister

    arte gal costa morte MPB música
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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