O Brasil passa pelo seu período eleitoral mais conturbado desde a redemocratização do país. A ascensão da extrema-direita no Congresso Nacional e a chegada do candidato Jair Bolsonaro (PSL) ao segundo turno das eleições presidenciais com ampla vantagem sobre Fernando Haddad (PT), coloca o Brasil em um dos caminhos mais perigosos desde a ditadura civil-militar que durante 21 anos se instalou no país.
A eleição, que tem sido protagonizada pelas “Fake News” difundidas principalmente pela candidatura de Bolsonaro, chegou a um novo capítulo na última quinta-feira (18) após o jornal Folha de São Paulo denunciar que empresas estão comprando pacotes de disparo em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. De acordo com a reportagem, cada contrato chega a valer R$ 12 milhões e disparam centenas de milhões de mensagens.
Em plena semana da democratização da comunicação, que vai de 13 a 20 de outubro, o Brasil se vê diante de um cenário em que o estímulo a desinformação passou a ser o fio condutor do candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República.
Para explicar sobre o papel das redes sociais nas eleições e a fábrica de “Fake News”, que nem mesmo o TSE é capaz de controlar, a Pulsar Brasil conversou com a coordenadora do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, Bia Barbosa. Na entrevista, a jornalista aponta o papel de destaque da internet e a diminuição do papel da mídia tradicional, principalmente da televisão, na corrida eleitoral. Além disso, Bia fala sobre a importância da regulação da mídia, que em nada significa censura dos meios de comunicação. A coordenadora do Intervozes ainda sinaliza sobre o risco que a forma de fazer política de Bolsonaro, pautada em produção de notícias falsas, significa para a democracia brasileira. (pulsar)
Confira a entrevista.