Na última sexta-feira (5) ocorreu um ato para marcar o encerramento da Jornada de Lutas contra os Jogos da Exclusão, na Tijuca, no Rio de Janeiro. O protesto contou com cerca de mil manifestantes que caminharam cerca de dois quilômetros para denunciar as violações e irregularidades trazidas com as Olimpíadas.
À Pulsar Brasil, o vereador do PSOL Renato Cinco, que estava presente no ato, lembrou que desde quando a cidade do Rio de Janeiro foi escolhida como sede das Olimpíadas, houve um movimento grande para defender que as atividades dos Jogos se concentrassem na zona portuária e transformassem a região numa área que, futuramente, fosse destinada à moradias populares.
A manifestação saiu da praça Saeñs Peña às quatro da tarde e seguiu até a Afonso Peña. O ato foi acompanhado por uma forte operação policial, que contou com a presença da cavalaria e do Batalhão de Choque da Polícia Militar. Durante o trajeto houve uma confusão no interior de uma padaria localizada na Rua Carmela Dutra. Policiais armados retiraram à força alguns manifestantes que estavam no estabelecimento.
O protesto terminou na praça Afonso Peña sob um clima de tensão presente em todo o trajeto. De acordo com testemunhas, para dispersar os manifestantes do local, a polícia começou a soltar gás de efeito moral por volta das seis e meia da tarde. Uma pessoa foi detida durante o ato.
Outras manifestações ocorreram na cidade. Mais cedo, um protesto reuniu milhares de pessoas na Praia de Copacabana. O ato foi organizado pelas frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Esquerda Socialista e denunciou o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. (pulsar)