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    Comunicação

    Afiliada da Amarc lança rede social para solucionar demandas de jovens de periferias e do interior do país

    Aplicativo combina saber popular e inteligência artificial para estimular a conexão humana e a construção coletiva de conhecimento
    dezembro 16, 2021Atualização:dezembro 18, 2021Nenhum comentário5 min para ler
    O aplicativo pode ser baixado gratuitamente através do celular e funciona tanto no sistema Android como iOS (Foto: divulgação Instituto Ubiqua)

    “Compartilhar soluções e utilizar a conexão digital para estimular a conexão humana”. Foi com este propósito que o Instituto Ubíqua, organização afiliada à Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc), lançou o aplicativo “Nestante – Coletivo de Comunicação Cidadã”.

    De acordo com o instituto, o aplicativo funciona como uma rede social e é voltado para jovens de áreas rurais e periferias. Além de permitir a publicação de fotos, vídeos e textos, o “Nestante” estimula os usuários a construir e compartilhar conhecimento através da exposição de demandas sociais e da divulgação de boas práticas que contribuam para a solução dos respectivos problemas.

    Conforme explica o jornalista e presidente do Instituto Ubíqua, Jessé Barbosa da Silva, o “Nestante” surgiu do Coletivo de Comunicação Cidadã, grupo de mais de três mil jovens comunicadoras e comunicadores formados pelo Instituto Ubíqua ao longo das últimas décadas, e tem como objetivo “fazer comunicação colaborativa mesmo, ‘na veia’”. Para isso, a ferramenta digital combina o saber e as experiências dos usuários de comunidades tradicionais, de áreas rurais e de periferias, com programas de inteligência artificial e tecnologia de ponta.

    Como funciona?

    O aplicativo pode ser baixado gratuitamente através do celular e funciona tanto no sistema Android como iOS. Após se cadastrar na rede, os usuários podem acessar o “Acontece Nestante”, uma espécie de “timeline” com notícias e informações gerais do Brasil e do mundo. Porém, o grande diferencial do programa está nos recursos de “Informe” e “Sinergia”.

    Leia mais: Instituto Ubíqua lança curso de Gestão e Monitoramento de Mídias Sociais

    De acordo com Jessé, no espaço dedicado aos informes, os usuários têm a opção de criar uma causa “para solucionar” (um desafio local ou algo que precisa melhorar) ou de “boas práticas” (algo que deu certo e pode ser replicado em outra realidade social). Feita a opção e publicado o conteúdo, o aplicativo cruza os dados (temas de interesse, palavras-chave, geolocalização, etc.) e apresenta as causas que coincidem com a proposta pelo usuário, seja no sentido de soluções para o problema exposto ou de problemas que podem ser resolvidos através da experiência relatada. A este processo final, os desenvolvedores do aplicativo chamaram “Sinergia”.

    “A ferramenta de inteligência artifical ainda está em processo de treinamento. Então, para treinar a máquina, nós atrelamos todos os posts aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU. Se você for fazer um post, ele pergunta: ‘essa informação se refere a qual objetivo de desenvolvimento sustentável?. E aí você vai marca. Pode ser um ou mais”, detalha Jessé.

    Contexto e relevância

    Nascido no interior do Piauí e morador de Teresina, capital do estado, Jessé faz questão de ressaltar o contexto em que o “Nestante” foi desenvolvido. De acordo com ele, o próprio nome do aplicativo foi escolhido em referência à cultura nordestina.

    “Nestante, é a contração de neste instante. Quer dizer ‘agora’. É o jeito bem nordestino, do interior do nordeste, de dizer “online”. Eu lembro quando era criança, minha mãe chamava ‘venha cá nestante!’ e eu ia ainda caminhando. Mas se ela falava ‘venha cá nestantin’ eu ia correndo, porque é mais rápido ainda. Então, o ‘nestante’ é isso, essa concepção da rapidez” descreve o radialista.

    Jessé também destaca que o aplicativo é apenas uma parte do “ecossistema Nestante”, que é composto também pelo webcanal TV Nestante, pelo site do projeto (ainda em preparo) e por uma plataforma de educação à distância.

    “Se a gente tem só o aplicativo, a rede social, a gente não consegue força para ampliar o debate. Fica a comunicação como todo mundo faz e a gente quer aproveitar a comunicação para gerar conhecimento. Esse é o salto que a gente quer dar”, pontua.

    Aplicativo pretende auxiliar também na formulação de políticas públicas (Foto: divulgação Instituto Ubiqua)

    Para o jornalista, um dos principais desafios do projeto “Nestante” é mostrar que o conhecimento produzido coletivamente no interior e periferias de regiões como norte e nordeste não só deve ser respeitado como pode ser utilizado por organizações em outros lugares do país e do mundo. Segundo ele, uma publicação relevante de um jovem do semiárido baiano, por exemplo, pode ser transformada em notícia, virar um debate na TV Nestante e, a partir daí, ser tema até de um seminário onde serão formulados documentos e sugestões de políticas públicas.

    “Isso é o que a gente chama de comunicação colaborativa aliada à comunicação solidária. A partir de uma informação que parece pequena e isolada, a gente é capaz de – conduzindo essa informação com o devido cuidado e não lidando como algo descartável – fazer com que ela se transforme em notícia, em debate e, no final, gerar algo novo com a gestão do conhecimento que a gente tanto faz” sublinha.

    Digital

    Na esteira do projeto “Nestante”, o Instituto Ubíqua também pretende abrir no próximo ano uma turma de “repórteres digitais”. Além de capacitar comunicadores populares a produzir conteúdos multimídia, o curso também tem o objetivo de discutir o processo de produção de informações no mundo digital como um todo.

    Leia mais: Como conciliar o combate à desinformação na internet com a proteção de dados pessoais?

    Com mais de 20 anos de experiência na formação de comunicadoras e comunicadores populares, Jessé entende que as pessoas que lidam com comunicação hoje em dia, seja em rádios, jornais ou internet, precisam entender como operam, por exemplo, as plataformas digitais e os algoritmos que as estruturam.

    “O nosso desafio é levar para nosso público de interesse, que são as juventudes rurais e das periferias, o conhecimento sobre o mundo atual, sobre essa mudança de época. Ou elas entendem esses mecanismos que têm movido a nossa vida, ou então elas serão manipuladas e engolidas rapidamente. Quando você olha para o mundo real como ele é, e não como você quer que seja, você entende que nós estamos atrás e que esse entendimento é a chave para entrarmos realmente nesse século”, conclui.

    Edição: Jaqueline Deister

    comunicação jovens nordeste norte periferia rede social
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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