Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » “Apagão” global de redes sociais reacende debate sobre monopólio na internet
    Comunicação

    “Apagão” global de redes sociais reacende debate sobre monopólio na internet

    Segundo pesquisadores, dependência em relação às "big techs" não se dá por questões tecnológicas, mas políticas
    outubro 5, 2021Nenhum comentário4 min para ler
    Segundo o Facebook, a interrupção foi causada por erro de DNS, sigla que signifca Domain Name System (Foto: Pixabay)

    Bilhões de pessoas em todo o mundo tiveram as rotinas afetadas na última segunda-feira (4) pela queda das plataformas virtuais Facebook, Instagram e Whatsapp. A pane global durou cerca de seis horas e os transtornos causados a usuários, empresas e à sociedade de modo geral reacenderam o debate em torno do monopólio das chamadas big techs na internet.

    O “apagão” de três das maiores redes sociais do mundo foi o assunto mais comentado ao longo da segunda-feira no Twitter, plataforma que se manteve online e foi usada inclusive pelo Facebook para atualizar os usuários sobre a situação. Por volta das 19h30, a empresa de Mark Zuckerberg publicou uma mensagem pedindo desculpas aos usuários e informando sobre a retomada dos serviços:

    “Para todos que foram afetados pela interrupção das nossas plataformas hoje: sentimos muito. Sabemos que bilhões de pessoas e negócios em todo o mundo dependem de nossos produtos e serviços para permanecer conectados. Agradecemos sua paciência”, disse a empresa.

    To the huge community of people and businesses around the world who depend on us: we're sorry. We’ve been working hard to restore access to our apps and services and are happy to report they are coming back online now. Thank you for bearing with us.

    — Meta (@Meta) October 4, 2021

    Concentração

    Entre reclamações e memes, as reações à queda das plataformas também incluíram críticas à concentração de poder assumida pelas gigantes da tecnologia. Pelo Twitter, o ex-agente da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA), Edward Snowden, defendeu a criação de uma nova regulação para as plataformas de redes sociais:

    “Facebook, WhatsApp e Instagram caindo ao mesmo tempo com certeza parece um exemplo de fácil compreensão e publicamente popular de por que dividir um certo monopólio em pelo menos três partes pode não ser uma má ideia”, afirmou o ex-agente lembrando que as três plataformas pertencem a uma única empresa.

    Facebook, WhatsApp, and Instagram all going down at the same time sure seems like an easily-understandable and publicly-popular example of why breaking up a certain monopoly into at least three pieces might not be a bad idea.

    Somebody should tell Elizabeth Warren.

    — Edward Snowden (@Snowden) October 4, 2021

    O pesquisador e professor da Faculdade de Computação da Universidade Federal do Pará (UFPA), Felipe Saraiva, também usou as redes para ressaltar que a dependência do funcionamento das plataformas em escala global não se justifica por questões tencológicas, mas políticas.

    O que tornou a internet centralizada hoje foi a adoção massiva, apolítica e acrítica das *soluções* das big techs, entregando nossos dados para elas.

    Traduzindo, é um problema político, não tecnológico.

    — Filipe Saraiva (@filipesaraiva) October 4, 2021

    Entusiasta do uso de softwares livres, Saraiva também comentou sobre a opção de escolas e universidades que abriram mão de desenvolver sistemas próprios de ensino online para confiar o serviço às big techs. De acordo com o professor:

    “Toda instituição de ensino que entregou seu serviço de comunicação para uma big tech fez uma escolha política. Toda empresa que relegou seu site para alimentar só redes sociais fez uma escolha política. Não precisamos de mais código aqui para trabalhar essa questão”, comentou no Twitter.

    Leia mais: Como conciliar o combate à desinformação na internet com a proteção de dados pessoais?

    Ainda sobre o impacto da concentração das redes na educação, a Iniciativa Educação Aberta, organização ligada à Cátedra UNESCO em Educação a Distância e ao Instituto Educadigital, alertou sobre a vulnerabilidade das universidades e institutos públicos de ensino diante das grandes empresas de tecnologia:

    Se o Google e a Microsoft saírem do ar, nossas instituições públicas de ensino superior (quase 80% delas que dependem dessas plataformas) não podem mais exercer sua atividade fim – educar. #educacaovigiadahttps://t.co/CSyfKJx741 https://t.co/NMEEtGIkqG

    — Iniciativa Educação Aberta (@iniciativaea) October 4, 2021

    Também pelo Twitter, a advogada especializada em telecomunicações e integrante do Coletivo Intervozes, Flávia Lefèvre, destacou que a pane global do Facebook expõe ainda outra questão cara à população brasileira: o acesso restrito e limitado à internet.

    É bom lembrar que aqui no tem uns 75 milhões de brasileiros que não tem opção. Estão presos nos planos de franquia associados a tarifa zero do Facebook e WhatsApp https://t.co/pI0kP07xgy

    — Flávia Lefèvre (@flavialefevre) October 5, 2021

    O Zero Rating é uma prática realizada pelas operadoras e empresas de tecnologia que permite o acesso “gratuito” a determinados serviços online, especialmente aplicativos de redes sociais.

    No Brasil, onde a maioria das pessoas pobres acessam a internet através de dispositivos móveis, utilizando planos pré-pagos e com limites de dados, os únicos acessos ilimitados são ao Facebook e ao WhatsApp. Segundo Lefèvre, a situação “se repete em muitos países da América Latina”.

    Falha

    Ainda segundo o Facebook a interrupção foi causada por erro de DNS, sigla que signifca Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínios). O sistema funciona como uma espécie de GPS da internet e é responsável por associar números de IP a nomes de domínios. Ou seja, é graças ao DNS que um usuário pode acessar uma página digitando seu endereço, por exemplo, www.agenciapulsarbrasil.org, ao invés de um código de números e pontos. A falha no DNS, portanto, faz com que uma página fique indisponível porque impossibilita que o sistema encontre a rota para acessá-la.

    Leia mais: PGR defende suspensão de MP que altera Marco Civil da Internet

    Em apenas um dia, o apagão do Facebook gerou um prejuízo de quase seis bilhões de dólares ao programador e empresário Mark Zuckerberg. Com a queda nas ações da companhia, o estadunidense perdeu o posto de quarto mais rico do mundo.

    Edição: Jaqueline Deister

    apagão big techs internet midia rede social
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Governo Federal abre consulta pública sobre política nacional de educação midiática

    Moraes defende que redes sociais sejam consideradas empresas de comunicação

    Brasil participa de conferência da Unesco para combater desinformação e discurso de ódio na internet

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    maio 29, 2023

    Governo Federal abre consulta pública sobre política nacional de educação midiática

    maio 26, 2023

    Vencedora do Nobel da Paz visita associada da Amarc em Pernambuco

    maio 25, 2023

    Congresso “passa a boiada” e aprova medidas que põem em risco o futuro do meio ambiente no Brasil

    maio 24, 2023

    Encceja 2023: inscrições abertas até o dia 2 de junho

    Mais lidos
    • A banalização da violência pelos meios de comunicação
    • Vencedora do Nobel da Paz visita associada da Amarc em Pernambuco
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Projeto de mineração no Piauí ameaça 1.500 famílias do maior quilombo do Nordeste
    • Congresso “passa a boiada” e aprova medidas que põem em risco o futuro do meio ambiente no Brasil
    Internacional
    maio 18, 20230

    Cristina Kirchner confirma que não será candidata à presidência nas eleições argentinas

    Internacional
    maio 11, 20230

    Suprema Corte da Argentina suspende eleições para governadores em províncias onde candidatos apoiados por Alberto Fernández são favoritos

    Internacional
    abril 20, 20230

    Pressão sobre o preço do dólar impacta economia Argentina

    Geral
    abril 17, 20230

    Enem 2023: Aberto o prazo para pedidos de isenção da taxa de inscrição

    Internacional
    abril 13, 20230

    Na Argentina, organizações sociais e sindicais realizam protesto contra a política econômica do governo

    Comunicação
    abril 11, 20230

    Brasil de Fato e NPC promovem seminário sobre a comunicação dos trabalhadores

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.