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    Povos Originários

    Após 35 anos, Brasil tem a primeira Constituição em língua indígena

    A Carta Magna em Nheengatu foi feita por um grupo de 15 indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós
    julho 19, 2023Nenhum comentário2 min para ler
    Chamada de Língua Geral Amazônica, o Nheengatu é a única língua ainda viva hoje que descende do tupi antigo (Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF)

    Redação

    Após 35 anos, a primeira Constituição brasileira foi traduzida para uma língua indígena, o Nheengatu. A cerimônia de lançamento da Carta Magna ocorreu nesta quarta-feira (19) na maloca da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

    A Constituição em Nheengatu foi feita por um grupo de 15 indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós, em promoção ao marco da Década Internacional das Línguas Indígenas (2022-2032) das Nações Unidas. A tradutora Dadá Baniwa disse que foi um trabalho “árduo e desafiador, mas também de muita alegria”.

    Leia mais: O jornalismo do futuro é indígena, quilombola, periférico e favelado

    A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Rosa Weber, afirmou que a tradução marca um momento histórico. “Traduzir a Constituição para um idioma indígena é um símbolo do nosso compromisso de garantir que todos os povos indígenas tenham acesso à justiça e conhecimento das leis que regem nosso país, fortalecendo sua participação na vida política, social, econômica e jurídica”, detalhou.

    Nheengatu

    Weber ressaltou que a escolha da língua Nheengatu se deu devido a importância dela para região amazônica. “Partiu da percepção de que esta língua historicamente permitiu a comunicação entre comunidades de distintos povos espalhados em toda a região amazônica, até a fronteira com o Peru, Colômbia e Venezuela, e chegou, segundo historiadores, a ser prevalente no Brasil, até ser perseguida e proibida”, explicou.

    Chamada de Língua Geral Amazônica, o Nheengatu é a única língua ainda viva hoje que descende do tupi antigo, tendo traços que a relacionam com o tupi falado na costa brasileira.

    A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, enalteceu o trabalho feito pelos tradutores em tempo recorde de três semanas, considerando o resultado um “gesto de respeito às tradições indígenas”. Já a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, observou que agora o indígena poderá “conhecer seus direitos em sua própria língua” e que o desafio é incluir as outras línguas indígenas em iniciativas como essa.

    De acordo com o último Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 896,9 mil indígenas, com 305 etnias e 274 línguas indígenas.

    Conheça a Constituição na língua Nheengatu.

    *Com informações do STF e da Agência Brasil.

    amazônia constituição indígenas justiça
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    Jaqueline Deister

    Editora da Agência Pulsar Brasil.

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