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    Direitos Humanos

    Após pressão, governo manda Força Nacional para área Yanomami

    Decisão atendeu pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que solicitou a retirada urgente de invasores
    junho 15, 2021Nenhum comentário3 min para ler
    Com cerca de 9,66 milhões de hectares, a reserva Yanomami abrange parte do território de Roraima e do Amazonas com extensa área de vegetação preservada (Foto: Leonardo Prado/PG/FotosPúblicas)

    Via RBA

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio de agentes da Força Nacional de Segurança Pública para reforçar a proteção da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, a maior reserva indígena do país. O efetivo ficará por pelo menos 90 dias e vai atuar em apoio à Fundação Nacional do Índio (Funai), após a área ter sido alvo de ataques feitos por garimpeiros ilegais. Segundo a Hutukara Associação Yanomami (HAY), duas crianças foram mortas, e desde então a associação já fez diversos pedidos de socorro.

    Os ataques foram na comunidade Palimiu, na chamada Base dos Americanos. Em um deles, pessoas que se aproximaram em sete barcos abriram fogo em uma localidade à beira de um rio em que estava um grupo de mulheres e crianças. Segundo a HAY, dias depois os corpos de uma criança de um ano e de outra de 5 foram encontrados. “No dia 11, começaram a procurar e só duas só foram localizadas”, disse Dário Kopenawa, vice-presidente da associação. No dia seguinte, às 15h, os outros dois corpos apareceram boiando no Rio Grande. Então, as lideranças confirmaram que as crianças morreram durante o tiroteio fugindo dos tiros.

    Gás lacrimogêneo

    Dias depois, em um dos pedidos de socorro, a Hutukara denunciou ataques com gás lacrimogêneo. “No dia 16 de maio, pela noite, às 21h40, recebemos ligação da comunidade de Palimiu comunicando novo ataque de garimpeiros à comunidade. Segundo disseram os yanomami, eram 15 barcos de garimpeiros se aproximando contra a comunidade. Os yanomami disseram que, além dos tiros, havia muita fumaça e que seus olhos estavam ardendo, indicando o disparo de bombas de gás lacrimogêneo contra os indígenas. Os yanomami estavam muito aflitos, e gritavam de preocupação ao telefone. Ao fundo, era possível escutar o som dos tiros. A situação era grave”, relatou a associação. A HAY, então, solicitou urgentemente a instalação de um posto avançado para manter segurança no local e no Rio Uraricoera, além de apoio logístico imediato para ações dos demais órgãos públicos.

    Leia mais: Garimpo, crime organizado e coronavírus: as velhas e novas ameaças às comunidades indígenas na Terra Yanomami

    O envio da Força Nacional foi publicado no Diário Oficial da União da última segunda-feira (14), pela Portaria nº 256, assinada pelo ministro Anderson Torres. O grupo ficará sediado na capital de Roraima, Boa Vista, e tem como diretriz preservar a ordem pública e a segurança das pessoas e do patrimônio. Por medida de segurança, o número de agentes não foi divulgado.

    20 mil garimpeiros

    A falta de ação do governo Bolsonaro fez o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinar no fim de maio que fossem tomadas imediatamente “todas as medidas necessárias” para proteger a vida, saúde e segurança de populações indígenas da Terras Indígenas Yanomami e Munduruku.

    A decisão atendeu pedido da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que solicitou a retirada urgente de invasores. Além disso, desde 2020, uma Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) pede que autoridades retirem da área todos os não-indígenas não autorizados.

    Com cerca de 9,66 milhões de hectares, a reserva Yanomami abrange parte do território de Roraima e do Amazonas com extensa área de vegetação preservada. Segundo aassociação yanomami, que reúne representantes de todos os povos que vivem na reserva criada em 1992, cerca de 20 mil garimpeiros atuam ilegalmente lá. Eles desmatam a floresta, contaminam os cursos d’água com mercúrio e iodo e erodem as margens dos rios.

     

    ataque força de segurança garimpo indígenas proteção
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    Jaqueline Deister

    Editora da Agência Pulsar Brasil.

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