Mais de 300 ações contra a siderúrgica, moradores com saúde comprometida, pescadores não podem trabalhar. Esta é a realidade vivida em Santa Cruz, na zona Oeste do Rio de Janeiro, onde está instalada a empresa ThyssenKrupp (TKCSA). A TKCSA funciona atualmente por meio de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), que tem vencimento previsto para o próximo dia 16 de abril.
De acordo com Gabriel Strautman, membro do Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul (PACS), o TAC deixa claro que a empresa não cumpre as exigências ambientais previstas na legislação. São mais de 300 famílias que movem ações junto à Defensoria Pública para exigirem a reparação dos danos causados a sua saúde.
Na última sexta-feira (29), ocorreu na Alemanha a Assembleia anual dos acionistas da ThyssenKrupp. Gabriel conta que participam da reunião os chamados acionistas críticos, que possuem ações da empresa e levam denúncias das diversas violações cometidas ao redor do mundo, inclusive no Rio. Desta vez, ainda foi entregue uma carta assinada por mais de 70 pesquisadores, ambientalistas, parlamentares e movimentos sociais, exigindo imediata reparação pelas violações cometidas em Santa Cruz.
A ação faz parte da campanha #pareTKCSA e no site www.paretkcsa.org pode ser encontrado todo o histórico de luta contra as violações cometidas pela empresa no bairro carioca.
Segundo Gabriel Strautman, os moradores vivem uma situação muito delicada, principalmente no que se refere a saúde. São constantes as reclamações em relação à sujeira provocada no ar da região pela empresa. Os moradores vivem com suas casas sujas e respiram partículas nocivas, que podem trazer graves consequências. (pulsar)