Na tarde da última segunda-feira (16) um grupo de ativistas realizou um ato na sede da Vale, no Rio de Janeiro, para denunciar a negligência da empresa no desastre ambiental na região de Ouro Preto e Mariana, em Minas Gerais, no dia cinco de novembro.
Segundo a organização do protesto, cerca de 600 pessoas participaram do ato ‘Não foi acidente, a Vale tem que pagar!’ que cotou com performances de ativistas que sujaram de lama a fachada da empresa, colaram cartazes com dizeres: ‘não foi acidente’, ‘SOS Rio Doce’ e ‘Quanto vale a vida?’. Um bloco puxou a manifestação cantando músicas com o repertório que afirmava que o rompimento das barragens ‘não foi acidente’.
Os ativistas leram um manifesto que destacava os impactos socioambientais da exploração de minério no país, a importância de rever o Código de Mineração e a necessidade de suspender a licença de atuação da Vale no país até que seja tudo apurado. Na visão dos movimentos sociais, a aprovação deste texto representa ameaças provocadas pelo lobby das empresas junto ao governo.
Isabel Gomides é atriz e participou do protesto com performances. Segundo ela, a manifestação foi organizada de maneira horizontal e o ato foi uma maneira de apoiar a população local e questionar os objetivos da Samarco, responsável pelas barragens do Distrito de Bento Rodrigues, e da Vale que está pautada no lucro.
Até segunda (16), sete mortos haviam sido identificados e 18 pessoas estavam desaparecidas. Além das mortes, a negligência ocasionou também a morte do rio mais importante de Minas Gerais, o Rio Doce. (pulsar)