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    Atraso nas vacinas causou 95,5 mil mortes evitáveis, afirma pesquisador na CPI

    Segundo Hallal, a demora na assinatura dos contratos com a Pfizer e a Coronavac é fator primordial na alta de mortes no Brasil
    junho 24, 2021Nenhum comentário4 min para ler
    Pesquisador apontou que erros do governo vão desde o atraso na vacinação e o desestímulo ao uso de máscaras até a falta de uma campanha de comunicação unificada (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

    Via RBA

    O epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Pedro Hallal afirmou à CPI da Covid, nesta quinta-feira (24), que 95,5 mil mortes poderiam ter sido evitadas no Brasil se o governo federal não tivesse atrasado a compra das vacinas Coronavac e da Pfizer. Sua estimativa considerou 4,5 milhões de doses do imunizante da farmacêutica norte-americana que poderiam ter sido entregues até março, se o contrato tivesse sido fechado no ano passado. Outras 49 milhões de doses da vacina produzida pela China em parceria com o Instituto Butantan poderiam ter sido entregues até maio.

    “São 95,5 mil mortes especificamente relacionadas à demora na assinatura da Pfizer e da Coronavac”, declarou Hallal, questionado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI. Para esse levantamento, ele se baseou nos depoimentos do ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, e do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, prestados à própria comissão no mês passado.

    Leia mais: Na CPI, Pazuello dá declarações contrárias às de Mandetta e Teich e protege Bolsonaro

    Ele citou, ainda, outro estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) que estimou em 145 mil as mortes evitáveis, caso houvesse um cronograma de vacinação mais avançado. Essa estimativa considerou não apenas a demora na aquisição das vacinas citadas anteriormente mas também a disponibilidade total de imunizantes, caso o Brasil tivesse optado pelo percentual de 50% – em vez de apenas 10% – no consórcio Covax Facility. Assim como a compra antecipada de outros imunizantes.

    Além das vacinas

    Hallal calculou ainda que pelo menos 400 mil dos 507 mil óbitos poderiam não ter acontecido se o Brasil estivesse na média mundial de mortos pela Covid-19. No entanto, com apenas 2,7% da população mundial, o país responde por 13% do total de mortos. Apenas nesta quarta-feira (13), o Brasil respondeu por um terço das mortes mundiais pela pandemia, quando foram registrados 2.392 novas vítimas nas últimas 24 horas.

    Na sua apresentação inicial, ele listou os “sete pecados capitais” cometidos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante a pandemia. Os erros cometidos vão desde o atraso na vacinação e o desestímulo ao uso de máscaras até a falta de uma campanha de comunicação unificada, sob comando do Ministério da Saúde, para orientar a população durante a emergência sanitária. Além da falta de uma política de testagem em massa, capaz de rastrear e isolar os infectados.

    120 mil no primeiro ano

    Já a médica Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil e coordenadora do Movimento Alerta, 120 mil mortes de brasileiros poderiam ter sido evitadas no primeiro ano da pandemia. Isso sem considerar as vacinas, que ainda não estavam disponíveis no momento. Além das medidas não farmacológicas, que não foram adotadas na intensidade devida, também faltou preparação adequada nos sistemas de saúde.

    Ela destacou que “desigualdades estruturais” tiveram influência sobre as altas taxas de mortalidade. “A maioria das pessoas que morreram eram negras, indígenas, de baixa renda e baixa escolaridade”, afirmou a especialista. Das 305 mil “mortes em excesso” causadas pela pandemia nas primeiras 54 semanas (um ano), 66% delas ocorreram no sistema público. Destes, a maioria era de populações “não brancas”. Além disso, ao menos 20 mil mortes foram registradas em unidades de pronto atendimento, o que indica a falta de leitos para atendimento especializado.

    “Há vidas que ainda podem ser salvas”, instou Jurema. Nesse sentido, entre outras medidas, ela defendeu a criação de uma “frente nacional” de enfrentamento à pandemia. Esse esforço deveria ser liderado pela própria comissão e pelo Congresso Nacional, diante da negligência do Poder Executivo. ” “Precisamos de alguém que lidere as ações”, clamou.

    *Reportagem de Tiago Pereira da RBA

    bolsonaro covid CPI mortes
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    Jaqueline Deister

    Editora da Agência Pulsar Brasil.

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