

O Brasil registrou, na última terça-feira (1), 929 mortes por complicações associadas à Covid-19. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e foram confirmados pelo Ministério da Saúde.
Desde o dia 18 de setembro de 2021, quando foram registradas 935 vítimas do coronavírus, o país não registrava um número tão alto de óbitos pela doença. Com isso, o total de vítimas fatais da doença desde o início da pandemia chega a 628.067. Também na terça-feira foram registrados 193.465 novos casos de Covid em território nacional, o que eleva o número geral de casos para 25.620.209.
De acordo com o próprio Ministério da Saúde, ainda restam, dos últimos 14 dias, 3.188 falecimentos em investigação – que aguardam a confirmação se foram ou não causados pelo coronavírus – e 2.638.781 casos da doença seguem em acompanhamento por equipes médicas em todo país.
Média
Em relação aos dados, o Ministério da Saúde explica que os registros diários de mortes não se referem exatamente às datas das mortes, mas ao dia em que os dados foram informados à pasta.
Segundo o ministério, em geral, os números são menores aos domingos, segundas-feiras e nos dias seguintes aos feriados por conta do número reduzido de profissionais para a alimentação dos dados nestes dias. Assim, tem se tornado comum que às terças-feiras e nos dois dias seguintes aos feriados haja mais registros diários devido à atualização dos dados acumulados.
Para reduzir tal efeito e garantir uma visão mais fiel do cenário, pesquisadores e gestores públicos em todo mundo têm adotado a chamada “média móvel”. A taxa representa a soma dos óbitos divulgados em uma semana dividida por sete. O termo “móvel” é justamente porque o número varia conforme o total registrado nos sete dias anteriores.
Ainda assim, o avanço da variante Ômicron, cuja principal característica é ser mais transmissível, tem se refletido diretamente nas médias de contagem. A média de óbitos registrada nesta terça-feira, por exemplo, chegou a 603. A última vez que a média havia ultrassado as 600 vítimas foi em 6 de setembro de 2021. Em relação à média dos últimos 14 dias, houve um crescimento de 181%.
Mundo
O avanço da variante Ômicron também tem sido acompanhado em diversos países. De acordo com dados do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford, na Inglaterra, na última terça-feira, 14,3 mil pessoas em todo o mundo morreram de Covid-19. Trata-se do maior número de óbitos em um único dia desde 7 de maio de 2021, quando o Brasil e a Índia ainda sofriam com os efeitos das variantes gama e delta.
Ainda segundo o projeto, o avanço da imunização através da vacinas tem contribuído decisivamente para que a explosão do número de infectados com a Ômicron não seja acompanhado na mesma proporção pelo número de vítimas fatais.
Segundo o levantamento, a atual média de novos casos com a variante ômicron (3,13 milhões por dia) é mais que o triplo dos picos das ondas anteriores, em janeiro e abril de 2021 (827 mil). Na época, o maior número de mortes registrado em um único dia foi 15,9 mil, em 29 de abril.
Ao calcular a proporção do número de mortes por Covid-19 por milhão de habitantes, o Brasil ocupa, atualmente, a 12ª posição do ranking mundial de mortes proporcionais, com 2.944 mortes por milhão de habitantes. Em primeiro lugar está o Peru, com 6.160 mortes por milhão.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde, São Paulo é o estado brasileiro com mais mortes por coronavírus registradas desde o início da pandemia (158.160). Em seguida vem Rio de Janeiro (69.922), Minas Gerais (57.331), Paraná (41.281) e Rio Grande do Sul (36.943).
Os estados com menos vítimas da pandemia são Acre (1.877), Amapá (2.053), Roraima (2.096), Tocantins (4.004) e Sergipe (6.103).
Edição: Jaqueline Deister