Vinte dos 27 estados brasileiros apresentaram tendência de crescimento do número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas semanas. A informação é do Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na última quarta-feira (1).
Ainda segundo a Fiocruz, 59,6% dos casos de SRAG registrados entre os dias 22 a 28 de maio foram causados por Covid-19, o que corresponde um aumento de cerca de 11% em relação à semana anterior.
De acordo com a análise, esta é terceira semana consecutiva em que as ocorrências de Covid-19 são predominantes entre os casos de SRAG com resultado positivo para vírus respiratórios. Ainda conforme o boletim divulgado quarta-feira, entre os casos que evoluíram para óbito, 91,1% dos que tinham identificação viral testaram positivo para Covid-19.
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O Boletim InfoGripe é baseado nos dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe). Ao examinar o resultado dos últimos boletins, os pesquisadores da Fiocruz verificaram que a curva nacional continua com indícios de crescimento nas tendências de longo (últimas seis semanas) e curto prazos (últimas três semanas). A estimativa é que, só na última semana, tenham ocorrido cerca de de 7,2 mil casos de SRAG no país.
Os estados que apontam tendência de crescimento são Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerias, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo, além do Distrito Federal.
Entre as capitais, a tendência de aumento de casos no longo prazo foi registrada em Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Boa Vista (RR), plano piloto e arredores em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Manaus (AM), Natal (RN) Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Ainda segundo o boletim, nas quatro últimas semanas, a prevalência entre os casos de SRAG com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 4,0% de influenza A; 0,4% de influenza B; 25,1% de VSR (Vírus Sincicial Respiratório); e 59,6%, Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os casos que resultaram em óbitos, a presença destes mesmos vírus foi de 1,6% para Influenza A; 0%, influenza B; 4,1%, VSR; e 91,1%, Sars-CoV-2.
De acordo com a Fiocruz, em 2022 já foram notificados 147.683 casos de SRAG, sendo 72.197 (48,9%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Destes, 83,2% foram causados por Covid-19.
Edição: Jaqueline Deister