Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Brasil segue pelo 13º ano consecutivo como o país que mais mata pessoas trans no mundo
    Direitos Humanos

    Brasil segue pelo 13º ano consecutivo como o país que mais mata pessoas trans no mundo

    Segundo Dossiê, 96% das vítimas brasileiras eram travestis e mulheres trans, e 72% dos casos envolveram requintes de crueldade e o uso excessivo de violência
    janeiro 28, 2022Nenhum comentário5 min para ler
    Sudeste concentra 35% dos homicídios da população trans (Foto: Mídia Ninja)

    Pelo 13° ano consecutivo, o Brasil é o país que mata mais pessoas trans no mundo. Só em 2021, pelo menos 140 pessoas trans foram assassinadas no país, das quais 135 eram travestis e mulheres transexuais. E em pelo menos 72% dos casos, os crimes envolveram requintes de crueldade e uso excessivo de violência.

    Estes são apenas alguns dados do “Dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais” publicado nesta sexta-feira (28), véspera do Dia Nacional da Visibilidade Trans, pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). A quinta edição da pesquisa reúne informações sobre a situação de violência e violações de direitos humanos de pessoas trans brasileiras no ano de 2021 e foi lançada oficialmente na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) em Brasília.

    De acordo com a Antra, além de denunciar a violência praticada contra pessoas trans no Brasil, o Dossiê tem como objetivo alertar para a necessidade de políticas públicas focadas na redução de homicídios da população que é considerada o principal grupo vitimado por mortes violentas intencionais no país.

    Leia mais: Dia do Orgulho LGBTI+: Constituição Federal determina promover o bem de todos

    Segundo o documento: “As respostas à situação geral em que se encontram as pessoas trans ainda são insatisfatórias por parte da administração pública, dos estados e do governo federal”. Nesse sentido, o estudo busca confrontar a omissão do estado “para que sejam pensadas políticas públicas e traçadas estratégias de enfrentamento e erradicação da transfobia”.

    Dados

    O mapeamento da Antra aponta que as vítimas mais frequentes são pessoas pretas, jovens e profissionais do sexo. De acordo com o dossiê, 81% das vítimas se identificavam como preta ou parda, 60% tinham entre 13 e 29 anos e 78% trabalhavam como profissionais do sexo. Neste último caso, destaca-se o fato de que cerca de 80% das vítimas sequer conheciam o suspeito do crime.

    Outra característica marcante dos crimes contra pessoas trans tem sido o uso de requintes de crueldade e uso excessivo de violência. Segundo o relatório, em 2021 pelo menos quatro das vítimas foram queimadas vivas e em 54% dos casos as vítimas receberam golpes, socos, facadas e/ou tiros no rosto/cabeça, seios e genital.

    A quinta edição do documento destaca, inclusive, a morte da pessoa trans mais jovem desde o início da série histórica. Em janeiro de 2021, Keron Ravach, de 13 anos, foi assassinada no município de Camocim, interior do Ceará. Segundo a polícia, Keron foi violentada até a morte com socos, pontapés, pauladas, pedradas e facadas.

    Na análise por regiões, a pesquisa revela que o Sudeste concentra 35% dos homicídios da população trans, seguido das regiões Nordeste (34%), Centro-oeste (11%), Norte (10,5%) e Sul (9,5%). Em números absolutos, São Paulo foi o estado com o maior número de casos (25) em 2021, se mantendo no topo do ranking pelo terceiro ano consecutivo. Na sequência vem Bahia, com 13 casos; Rio de Janeiro, com 12, e Ceará, com 11.

    Leia mais: Pesquisa retrata o impacto da pandemia de Covid-19 em organizações lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil

    Ainda como elementos comuns dos crimes de transfobia e transfeminicídio o dossiê da Antra ressalta: a responsabilização da vítima, a impunidade, a falta de informações e a influência do cenário político institucional.

    “O Brasil não tem assumido a proteção de raça (etnia e grupo) em suas ações governamentais, campanhas e políticas públicas, mesmo comprometendo-se nas assembleias da ONU e junto a outros órgãos internacionais. O mesmo tem ocorrido em relação a violência de gênero e àquela motivada pela discriminação por orientação sexual e/ou pela identidade de gênero das pessoas LGBTQIA+. Temos nos constituído cada vez mais como uma nação racista, feminicida e LGBTIfóbica, com graves violações dos Direitos Humanos dessas populações”, afirma o Dossiê.

    De acordo com a ONG Transgender Europe, que faz o monitoramento mundial de casos, o Brasil segue em 2022, pelo 13° ano, como o país que mais mata pessoas trans do mundo, com cerca de 38% dos assassinatos de travestis e de homens e mulheres trans ocorridos no planeta.

    Transfobia

    Segundo decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro de 2019, que reconheceu a LGBTIfobia como crime de racismo nos termos da Lei 7716/89, “qualquer ação e/ou discriminação motivada pela identidade de gênero de um indivíduo” pode ser julgada como crime, com pena de um a cinco anos de prisão, além de multa.

    Leia mais: Por que é preciso lutar pela visibilidade lésbica no Brasil?

    Sobre tal definição, a Antra acrescenta e detalha que o comportamento transfóbico pode ser caracterizado também como: “quaisquer atitudes inferiorizantes, degradantes ou humilhantes que pode ou não incluir agressões físicas, verbais, simbólicas, materiais, patrimoniais e/ou psicológicas manifestadas com o intuito de violar direitos, negar acesso ou dificultar a cidadania, coibir a livre expressão de gênero, assim como a de negar o reconhecimento da autodeclaração de gênero de travestis, transexuais e demais pessoas trans quando sua identidade de gênero for um fator determinante para essas violências ou violações, seja por ação direta ou por omissão”.

    Edição: Jaqueline Deister

    crime transfobia transgêneros violencia
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Ministério da Justiça anuncia criação de Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas

    No Rio de Janeiro, policiais militares matam catador de material reciclável “por engano”

    Câmara aprova relatório que responsabiliza o Estado brasileiro pelas mortes de Bruno Pereira e Dom Philips

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    fevereiro 3, 2023

    “Inspiração” e “referência”: o Brasil se despede de Glória Maria

    fevereiro 2, 2023

    Artigo | Como as mudanças na Petrobras impactam no bolso dos brasileiros?

    fevereiro 1, 2023

    Arthur Lira é reeleito para a presidência da Câmara dos Deputados

    fevereiro 1, 2023

    Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado Federal

    Mais lidos
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Fiocruz denuncia que garimpeiros estão vendendo remédios destinados ao povo Yanomami
    • Artigo | Como as mudanças na Petrobras impactam no bolso dos brasileiros?
    • Governo Federal dá início a ações emergenciais de apoio aos povos Yanomami
    • Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado Federal
    Podcast
    junho 20, 20220

    Pulsar Brasil lança série de podcast sobre a participação de mulheres na política brasileira

    Educação
    maio 12, 20220

    Enem 2022: Inscrições abertas até o dia 21 de maio

    Geral
    abril 22, 20220

    Entenda o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

    Geral
    março 15, 20220

    Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Gênero
    março 8, 20220

    8M: “Estamos fortalecidas e vamos, sim, mudar o mundo”, afirmam comunicadoras da Amarc

    Coberturas especiais
    fevereiro 11, 20220

    Dia Mundial do Rádio: Comunicadores comunitários falam sobre a importância do “avô das mídias” nos dias de hoje

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.