Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » COP-27: Indígenas e quilombolas defendem demarcação de terras e combate ao racismo em Conferência do Clima
    Meio Ambiente

    COP-27: Indígenas e quilombolas defendem demarcação de terras e combate ao racismo em Conferência do Clima

    Realizado de 6 a 18 de novembro, evento reúne líderes de todos os países para discutir estratégias de enfrentamento e adaptação às mudanças climáticas
    novembro 8, 2022Nenhum comentário4 min para ler
    27ª Conferência das Partes (COP-27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Foto: divulgação)

    Redação

    Não existe solução para a crise climática sem a participação dos povos originários na proteção das florestas, de seus territórios e de seus modos de vida. Este é o principal recado que as delegações brasileiras de representantes de povos indígenas e quilombolas têm dado ao mundo durante a 27ª Conferência das Partes (COP-27) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

    Leia mais: “Pouco a comemorar”, avaliam organizações sobre o Dia da Amazônia

    Iniciado no último domingo (6), na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito, o evento reúne representantes de governos e lideranças da sociedade civil de praticamente todos os países para discutir estratégias de enfrentamento e adaptação ao desafio global das mudanças climáticas. Chamada de “COP da implementação”, a 27ª edição do encontro tem como principal objetivo colocar em prática os compromissos assumidos pelos países em relação à redução das emissões de carbono e à proteção das populações vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

    Entre os movimentos sociais brasileiros representados na Conferência estão a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Coalizão Negra por Direitos e a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também participará do evento à convite do presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sissi, e de governadores dos estados da Amazônia Legal.

    Desmatamento

    De acordo com a Apib, a prioridade da delegação enviada à COP-27 é pautar a urgência da demarcação das Terras Indígenas (TIs) no Brasil. Segundo a associação, “as TIs são as áreas com maior biodiversidade e com vegetação mais preservadas, visto que são territórios protegidos e manejados pelos povos originários”. Como prova, os indígenas apontam o levantamento feito este ano em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental do Amazonas (Ipam) que revela que, enquanto 29% do território ao redor das TIs está desmatado, dentro das áreas o desmatamento é de apenas 2%.

    “No Brasil não há solução para a crise climática sem a demarcação de terras e, consequentemente, a proteção dos povos indígenas. Nós temos uma relação íntima com a Mãe-natureza e vemos de perto os efeitos da destruição ambiental que Bolsonaro causou”, afirma Dinamam Tuxá, coordenador executivo da APIB.

    Leia mais: Mais de 15% da área da Caatinga foi queimada nos últimos 37 anos, revela estudo

    Na quarta-feira (9), o líder indígena participará da conferência no painel “Transição governamental e política socioambiental brasileira”.

    Outra discussão importante aos povos indígenas durante a COP é a promessa de retomada do Fundo Amazônia, programa de cooperação internacional que destinava ajuda financeira para redução do desmatamento no Brasil. O Fundo foi criado em 2008, mas em 2019, com o aumento do desmatamento e a imposição de mudanças pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), países como a Noruega e a Alemanha suspenderam as transferências de recursos que somavam cerca de US$ 1 bilhão.

    No último dia 31, assim que foi confirmada a eleição de Lula para a presidência da República, a Noruega anunciou que reativará o Fundo Amazônia. Segundo Eunice Kerexu, coordenadora executiva da Apib, o retorno do petista ao governo “traz alívio e otimismo” para ativistas e organizações indígenas.

    “Com Lula temos um cenário mais otimista, mas a luta não para. Vamos continuar batalhando pela demarcação de terras indígenas e a derrubada da tese do Marco Temporal. Assim como a Noruega, é importante também que mais países participem do debate e voltem a dialogar com o Brasil para juntos solucionarmos a crise climática”, ressaltou Kerexu.

    Racismo ambiental

    Segundo a Conaq a participação dos quilombolas na COP tem como principal objetivo denunciar a “invisibilidade da população quilombola na agenda climática e ambiental”.

    “O racismo e a violência racial estruturam o processo histórico de privação de políticas públicas e de direitos que nos afeta. Vemos o racismo ambiental se manifestar nos nossos quilombos que estão expostos a eventos climáticos extremos e a áreas de risco de desastre ambiental. Vimos as consequências das inundações e das queimadas recentemente ocorridas no Brasil dentro dos nossos Quilombos”, publicou a organização em rede social.

    O racismo ambiental no Brasil também tem sido denunciado no encontro pela delegação da Coalizão Negra por Direitos. Segundo o movimento, os principais pontos que têm sido apresentados pela comitiva no evento são: a redução das desigualdades para que o Brasil alcance a justiça ambiental, a implantação de metas ambientais que levem em conta as ameaças à população negra, a valorização dos territórios quilombolas e a escuta das pautas do Sul Global.

    “É necessário considerar os conhecimentos dos povos em sua natureza, em especial as diferentes vozes das mulheres, das juventudes, das quilombolas, das indígenas e das populações negras diaspóricas periféricas”, explicou a Coalizão.

    Edição: Jaqueline Deister

    cop 27 egito meio ambiente mudança climática
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    COP 27: Fundo de reparação a países pobres é aprovado, mas Conferência não avança para a diminuição dos gases do efeito estufa

    Mais de 15% da área da Caatinga foi queimada nos últimos 37 anos, revela estudo

    No Pará, moradores de Barcarena sofrem com novo desastre ambiental provocado por mineradora

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    março 20, 2023

    Relatório sobre mudanças climáticas aponta urgência de medidas mais ambiciosas para garantir futuro “habitável para todos”

    março 17, 2023

    Em carta aberta, comunicadoras e jornalistas cobram segurança e garantia de liberdade de expressão

    março 16, 2023

    No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+

    março 15, 2023

    Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias

    Mais lidos
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Em 2023, campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo reforça a importância da luta antirracista no Brasil
    • No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+
    • Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias
    • “Tempo demais”: assassinato de Marielle e Anderson completa 5 anos sem respostas
    Podcast
    junho 20, 20220

    Pulsar Brasil lança série de podcast sobre a participação de mulheres na política brasileira

    Educação
    maio 12, 20220

    Enem 2022: Inscrições abertas até o dia 21 de maio

    Geral
    abril 22, 20220

    Entenda o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

    Geral
    março 15, 20220

    Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Gênero
    março 8, 20220

    8M: “Estamos fortalecidas e vamos, sim, mudar o mundo”, afirmam comunicadoras da Amarc

    Coberturas especiais
    fevereiro 11, 20220

    Dia Mundial do Rádio: Comunicadores comunitários falam sobre a importância do “avô das mídias” nos dias de hoje

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.