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    Documentário sobre avanço da monocultura de eucalipto na Bahia estreia em festival internacional

    Filme acompanha a trajetória de indígena Pataxó e agricultor familiar na luta pelo direito à terra e em defesa do meio ambiente
    dezembro 6, 2021Nenhum comentário3 min para ler
    Produzido ao longo dos últimos cinco anos, “MATA” documenta a mudança da paisagem no sul do Bahia com a substituição da vegetação nativa de Mata Atlântica por “florestas plantadas” de eucalipto (Foto: divulgação "MATA")

    Estreia nesta segunda-feira (6), na 17ª edição do festival Panorama Internacional Coisa de Cinema, o filme “MATA”, documentário que aborda os impactos do avanço da monocultura de eucalipto no extremo sul da Bahia.

    Dirigido pelo fotógrafo e cineasta brasileiro Fábio Nascimento e pela jornalista norueguesa Ingrid Fadnes, o longa-metragem acompanha a trajetória de Rodrigo Mãdy Pataxó e do agricultor Etevaldo Nunes, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), na luta pela garantia de seus territórios.

    A sessão de estreia está marcada para as 20h30, no Cine Metha – Glauber Rocha, em Salvador, e contará com a presença de Rodrigo Mãdy e mais cinco representantes do povo Pataxó.

    Natural da região do Rio Cahy, ponto de primeiro contato entre índigenas e portugueses no Brasil, Mãdy explica que a participação da delegação Pataxó no festival tem o objetivo de chamar a atenção para o atual cenário de seca, rios contaminados, esgotamento do solo e insegurança fundiária no extremo sul da Bahia.

    “A gente está vendo que a água, que é o nosso sangue, está secando. A terra, que é a nossa carne, está morrendo e a floresta, que é o espírito, também. Então, a gente veio a Salvador para balançar o maracá, para chamar atenção. Porque aqui estão os holofotes, aqui estão os deputados, o governador, o secretariado do estado, a sociedade mobilizada. A presença Pataxó é para vocês saberem que nós precisamos da mobilização e apoio de vocês”, alertou.

     Eucalipto

    Produzido ao longo dos últimos cinco anos, “MATA” documenta a mudança da paisagem no sul do Bahia com a substituição da vegetação nativa de Mata Atlântica por “florestas plantadas” de eucalipto.

    “Esta é uma floresta morta, um fantasma”, conta Mãdy Pataxó em uma das cenas do filme. Ele e sua tribo vivem, hoje, cercados pela monocultura enquanto aguardam a demarcação da Terra Indígena Comexatiba (Cahy-Pequi). A área fica sobreposta aos Parques Nacionais do Descobrimento e Monte Pascoal.

    “Quando a invasão colonizadora veio para cá, ela arrancou as árvores, matou o verde, plantou o chão de eucalipto e está matando a terra. A terra não tem mais força, não tem mais poder, não tem um inseto, um besourinho, não tem uma isca, não tem nada vivo. A terra está morrendo onde plantam o eucalipto”, destaca o indígena.

    No mesmo tom de denúncia, Etevaldo Nunes fala sobre como a agricultura familiar da região também tem sido ameaçada pela ocupação das terras com eucalipto. Assim como outras 4,8 mil famílias assentadas e acampadas do MST no extremo sul da Bahia , ele aguarda o título de posse definitiva e lida diariamente com os impactos causados pela monocultura extensiva.

    “Se aqui fosse eucalipto não tinha mais água, não. Ia estar tudo seco”, aponta Etevaldo referindo-se ao lote em que vive e trabalha com a família.

    MATA

    O filme “MATA” é uma produção da Boituí, com patrocínio do Fundo Setorial do Audiovisual do Banco Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (FSA/BRDE), coprodução da Flume e apoio do canal CineBrasilTV, LAG e Fundo para imagem e som da Noruega.

    Após a sessão de estreia, o filme será novamente exibido na quarta-feira às 15h30.

    A programação online e presencial do Festival Panorama Internacional Coisa de Cinema pode ser acessada através da página do evento.

    Edição: Jaqueline Deister

    cinema documentário eucalipto indígenas meio ambiente mst
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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