A maior tragédia climática do país completou seis anos no mês de janeiro. A forte chuva que atingiu a Região Serrana do Rio de Janeiro e deixou um saldo 905 mortos em sete cidades afetando a vida de mais de 300 mil pessoas será tema do ‘Diálogos CDDH’, que ocorrerá nesta terça-feira (21), em Petrópolis.
O encontro será um espaço para debater a situação das famílias do município que tiveram suas moradias atingidas por desastres naturais. À Pulsar Brasil, a coordenadora executiva do Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), Carla Carvalho, ressalta que dos municípios atingidos pela tragédia de 2011, a cidade de Petrópolis é a que menos tem investido em políticas habitacionais para a população.
De acordo com ela, Petrópolis possui atualmente mil e 500 famílias recebendo aluguel social e mais de 15 mil aguardando realocação de moradia. Carvalho destaca que a maioria da população afetada acaba não conseguindo sair das áreas de risco devido a alta especulação imobiliária que ocorre no município.
O evento promovido pelo CDDH-Petrópolis será um espaço de acúmulo e troca de saberes com os petropolitanos sobre os caminhos possíveis para acelerar políticas públicas eficientes para atingidos por desastres naturais.
O encontro contará com a participação de Adriana Dutra, assistente social e doutoranda de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e do professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e diretor do filme “Para além das moradias: conflito pós-tragédia no Vale do Cuiabá”, Marco Aurélio G. Ferreira.
O Diálogo CDDH – Tragédias das chuvas de 2011: uma visão social, ocorre nesta terça-feira (21), a partir das seis e meia da tarde, na sede do Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, localizado na Rua Monsenhor Bacelar, 400, no centro. A entrada é gratuita. (pulsar)