A modernização do mercado e o alto custo para o governo são os principais argumentos utilizados pelo presidente Michel Temer para privatizar empresas de importantes setores sociais. No mês de agosto, o Ministério de Minas e Energia emitiu um comunicado anunciando a ‘democratização do capital da Eletrobras.’ Tudo indica que esta política será estendida também para os bancos públicos do país.
Para denunciar os ataques do governo e esclarecer para a população o perigo da privatização das instituições financeiras, parlamentares e entidades sindicais lançaram no Rio de Janeiro, na última quinta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. O movimento, que teve o lançamento nacional em junho deste ano, destaca a importância das instituições financeiras públicas para a soberania nacional e o desenvolvimento econômico do país.
Em entrevista à Pulsar Brasil, a presidenta dos Sindicatos dos Bancários do Rio de Janeiro, Adriana Nalesso, explicou que caso ocorra a privatização, o setor de desenvolvimento social será o mais atingido. Segundo ela, toda a política de financiamento habitacional e estudantil promovida pela Caixa Econômica Federal estará em risco.
Além disso, Nalesso também apontou que a política de incentivo à agricultura familiar também será comprometida, uma vez que os bancos privados não têm interesse em conceder empréstimos com taxas menores para os pequenos produtores rurais.
A política de desmonte tem avançado no país. Em menos de um ano 570 agência do Banco do Brasil foram fechadas. Até o momento, o governo já anunciou a privatização de 57 empresas públicas, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) ainda não estão entre as selecionadas. (pulsar)