Em sessão extraordinária convocada para esta sexta-feira (17), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) decidirá sobre a manutenção da prisão dos deputados estaduais: Jorge Picciani, presidente da Casa; Edson Albertassi, líder do governo e Paulo Melo, todos do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Os parlamentares são investigados pela Operação Cadeia Velha que apura um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro na Alerj. A prática criminosa beneficiou empresários do setor de transportes do Rio de Janeiro e também os deputados. De acordo com a Agência Lupa, de 1994 a 2014, o deputado Jorge Picciani aumentou o seu patrimônio em 893 por cento.
Na última quinta-feira (16), o Tribunal Regional Federal da segunda Região (TRF2) determinou, por unanimidade, a prisão dos deputados do PMDB. Porém, segundo os artigos 53 e 102 da Constituição Federal e Estadual, cabe ao parlamento decidir sobre as medidas cautelares impostas contra os seus integrantes.
O processo será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça, que se reúne à uma da tarde para dar parecer sobre a medida. Em seguida, às três horas, o parecer aprovado – revogando ou mantendo a prisão – será submetido ao plenário, na forma de um projeto de resolução. Para ser aprovado, o projeto precisa obter a maioria absoluta, ou seja, metade mais uma das cadeiras da Alerj, resultando em 36 votos.
O deputado estadual Flavio Serafini, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), falou à Pulsar Brasil sobre a expectativa da oposição para esta sexta-feira (17). Para ele, a base do governo estará organizada e a pressão da opinião pública será fundamental neste momento.
Serafini destacou também que esta operação é a maior investida contra os esquemas de corrupção que mergulharam o Rio de Janeiro na crise. De acordo com o deputado, manter o afastamento da cúpula do PMDB é o primeiro passo para reverter o quadro de calamidade do estado.
O PSOL está organizando um ato em defesa da permanência da prisão dos parlamentares envolvidos no esquema de corrupção. A manifestação ocorrerá a partir do meio dia na Praça Mario Lago e seguirá em marcha até a Alerj. (pulsar)