

Em busca de apoio econômico para enfrentar a crise, o governo argentino procura aprofundar seus laços comerciais com a China. Neste momento, o Ministro da Economia, Sergio Massa, lidera uma delegação que visita o gigante asiático com uma agenda com três objetivos principais: ampliar o uso do yuan (moeda chinesa) em transações financeiras para controlar o câmbio em um contexto de diminuição das reservas em pleno ano eleitoral; obter novos investimentos; e conseguir o financiamento do Banco de Desenvolvimento dos Brics, onde o Brasil tem papel central.
A primeira boa notícia para os argentinos veio justamente da presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff, que informou oficialmente ao ministro da Economia argentino que a incorporação do país à instituição financeira será votada na próxima reunião da entidade. Uma decisão fundamental promovida pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para obter assistência financeira e que, segundo Dilma, será postulada e defendida expressamente pelo Brasil perante todos os membros do bloco Brics – que, além do Brasil, inclui Rússia, Índia, China e África do Sul.
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As autoridades chinesas também já anteciparam que estão dispostas a fazer novos investimentos no país, especialmente em mineração, distribuição de eletricidade e água potável. Ao mesmo tempo, os chineses querem analisar a situação atual dos projetos já lançados – com financiamento fornecido por Pequim – e que enfrentam obstáculos.
Entre as novidades que podem surgir dessa turnê internacional está a possibilidade do gigante asiático financiar a segunda seção do gasoduto Néstor Kirchner, um projeto de relevância para a região que permitirá a autossuficiência energética do país e a exportação de gás para o Brasil como parte de uma política para a integração energética dos dois países.
Edição: Filipe Cabral