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    Governo confirma mais de 50 mortes em tragédia no litoral norte de São Paulo

    Força-tarefa envolvendo governos federal, estadual e municipal foi criada para atender as mais de quatro mil pessoas que tiveram que abandonar suas casas
    fevereiro 24, 2023Nenhum comentário5 min para ler
    Volume acumulado de chuva em 24h nos municípios de São Sebastião e Bertioga foram os maiores já registrados no país (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

    Redação

    O governo de São Paulo confirmou, nesta sexta-feira (24), a morte de 54 pessoas em decorrência das chuvas históricas que atingiram o litoral norte do estado no último fim de semana.

    De acordo com a Defesa Civil, foram 53 vítimas no município de São Sebastião e uma em Ubatuba. Até o momento, 38 corpos foram identificados e liberados para sepultamento, sendo 13 homens adultos, 12 mulheres adultas e 13 crianças.

    Segundo o governo estadual, os atendimentos às vítimas foram iniciados ainda no domingo (19), após o temporal. Em boletim divulgado hoje, a Defesa Civil informa que 2.251 pessoas estão desalojadas e 1.815 estão desabrigadas na região que abriga os municípios de Bertioga, Caraguatatuba, Guarujá, Ilhabela, São Sebastião e Ubatuba.

    De acordo com dados do Centro Nacional de Previsão de Monitoramento de Desastres (Cemaden), o volume de chuva que caiu durante o sábado e domingo corresponde aos maiores valores acumulados em 24h já registrados no país, com 682mm em Bertioga e 626mm em São Sebastião. Os números superam o recorde histórico (530mm) da tragédia que vitimou 241 pessoas em Petrópolis no ano passado.

    O município de São Sebastião foi um dos mais afetados com alagamentos, deslizamentos de encostas e soterramento de casas. De acordo com o governo de São Paulo, os trabalhos de busca têm se concentrado em áreas da costa sul da cidade, como a Barra do Sahy e Juquehy.

    Na quinta-feira (23), o governo informou que foram restabelecidos o fornecimento de água e os serviços de telefonia e internet em todos os municípios.

    Em relação às estradas de acesso, embora as obras emergenciais tenham sido iniciadas na terça-feira (21), a Mogi-Bertioga Mogi-Bertioga (SP-098) segue totalmente interditada por causa do rompimento de uma tubulação na altura do quilômetro 82, em Biritiba Mirim. A Rio-Santos apresenta 14 pontos de interdição e a Rodovia Oswaldo Cruz (SP-125) dois.

    Nos últimos dias, o governo de São Paulo também tem alertado aos turistas que não viajem para as cidades afetadas para evitar o trânsito nas estradas, bem como a sobrecarrega do atendimento em hospitais e o abastecimento de água e alimentos na região.

    Força-Tarefa

    Na quinta-feira (23), o Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico (A140), a maior embarcação da Marinha do Brasil, aportou em São Sebastião para servir de base ao atendimento médico a desabrigados e feridos. O navio multiuso tem capacidade para abrigar um centro médico, estoque de suprimentos, seis helicópteros do Comando da Força Aeronaval, três embarcações que podem transportar 35 pessoas, cada uma, e duas lanchas, além de ambulâncias e pás carregadeiras, que podem ajudar no caso de desbloqueio de vias.

    Em visita à região, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, estimou que cerca de R$ 60 milhões sejam destinados ao atendimento dos municípios atingidos. Segundo Góes, o valor inclui despesas com a Marinha e o Exército e pode aumentar com a apresentação dos planos de socorro de cada município. Na quarta-feira (22), o governo federal disse que liberou R$ 7 milhões para garantir a continuidade das ações em São Sebastião, a primeira cidade a entregar o plano de emergência.

    Durante a visita, o ministro também comunicou a criação de um gabinete para centralizar as ações da força-tarefa da pasta. Segundo Góes, mil militares – entre fuzileiros navais e profissionais de saúde – foram escalados para atuar na missão.

    Nesta sexta-feira, a Caixa Econômica Federal iniciou a adoção de medidas de apoio aos moradores da região. Entre as ações estão o “Saque Calamidade” do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a retirada antecipada do Bolsa Família, o envio de equipes de apoio, a pausa em contratos habitacionais e condições especiais em linhas de crédito. O banco também oferecerá suporte imediato aos clientes para acionamento de seguro habitacional e procedimentos para que possam garantir indenizações.

    O governo de São Paulo também anunciou a disponibilização de R$ 500 milhões em linhas de crédito para recuperação da atividade econômica no litoral norte. As linhas de crédito serão oferecidas por meio do Banco do Povo e da Desenvolve SP.

    Para as pessoas interessadas em ajudar as vítimas das chuvas no litoral norte, o governo do estado listou as organizações parceiras e os principais canais de doação para a população atingida. Confira aqui. 

    Emergência Climática

    Acompanhada do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Felipe Augusto (PSDB), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também visitou as áreas atingidas em São Sebastião. Na ocasião, a ministra explicou que as ações emergenciais estão sendo tomadas em conjunto entre os governos federal, estadual e municipal e ressaltou a necessidade de planejamento e adaptação às mudanças climáticas para prevenir novas tragédias no país.

    “Os eventos climáticos extremos já são uma realidade, isso infelizmente não vai mudar em função da mudança do clima. O que precisamos é fazer os processos de adaptação para que a população não tenha que pagar esse preço cada vez que se instala o processo extremo”, afirmou em entrevista a uma emissora local de TV.

    “As ações do Ministério do Meio Ambiente serão de planejamento, para que a gente possa prevenir situações como essa. Vamos pensar em ações em todo tempo, não só quando houver emergência, criando sistemas de alertas efetivos, criando cultura de alerta para própria população, sistemas de fuga, processos que sejam planejados”, completou.

    De acordo com o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o sistema de monitoramento de desastres no Brasil está “bem estruturado”, porém sofreu com cortes de recursos durante o governo Bolsonaro que, segundo o ministro, não se resolvem “do dia para a noite”. De acordo com Góes, um levantamento do Ministério de Minas e Energia aponta que existem hoje, em todo o país, cerca de 14 mil pontos de alto risco de desabamento de encostas e quatro milhões de pessoas vivendo nesses locais.

    *Com informações da Agência Brasil, Estado de S. Paulo e G1

    Edição: Jaqueline Deister

    chuvas emergência climática são paulo tragédia
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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