Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Jornalista palestina é morta a tiros durante cobertura de operação do Exército israelense na Cisjordânia
    Internacional

    Jornalista palestina é morta a tiros durante cobertura de operação do Exército israelense na Cisjordânia

    A correspondente da Al Jazeera vestia um colete à prova de balas com a identificação de imprensa quando foi atingida por um disparo no rosto
    maio 11, 2022Nenhum comentário4 min para ler
    Shireen começou a trabalhar para a Al Jazeera em 1997, um ano após a inauguração da emissora (Foto: Al Jazeera)

    Redação

    A jornalista palestina Shireen Abu Akleh foi morta a tiros nesta quarta-feira (11) enquanto cobria uma operação do Exército israelense em um acampamento de refugiados palestinos na cidade de Jeninin, na Cisjordânia.

    Com mais de 30 anos de carreira, a correspondente da rede televisiva Al Jazeera usava um colete à prova de balas com a identificação de imprensa, mas foi atingida por um disparo no rosto. A repórter chegou a ser conduzida com vida a um hospital na região, mas não resistiu.

    Segundo jornalistas que estavam com Abu Akleh no local, não havia confrontos nem palestinos armados na área no momento do ataque e os militares israelenses sequer pediram às equipes de imprensa para sair ou parar de filmar antes de começarem a atirar. Ali al-Samoudi, que também trabalha para a Al Jazeera e acompanhava Abu Akleh, chegou a ser atingido nas costas, mas foi socorrido a tempo e apresenta quadro estável de saúde.

    Leia mais: Associada da Amarc lança documentário sobre violência online contra jornalistas

    Em comunicado publicado após a morte da jornalista, a Al Jazeera acusou as forças israelenses de “assassinato a sangue frio”. A emissora sediada no Catar classificou o ataque como um “assassinato flagrante que viola as leis e normas internacionais”.

    A Al Jazeera também citou o depoimento de Shatha Hanaysha, jornalista local que acompanhava a operação ao lado de Abu Akleh:

    “Éramos quatro jornalistas, todos com coletes e capacetes. O Exército da ocupação [israelense] não parou de atirar mesmo depois que ela caiu. Não consegui nem estender o braço para puxá-la por causa dos tiros. O Exército foi inflexível em atirar para matar” afirmou a comunicadora ao canal árabe.

    As autoridades israelenses, contudo, negaram a responsabilidade pela morte da repórter palestina. O primeiro-ministro israelense Naftali Bennett chegou a dizer que é “provável” que os disparos que atingiram Abu Akleh tenham partido de palestinos armados. Segundo ele, haveria informações de que um grupo de palestino estaria “atirando indiscriminadamente” no local onde a jornalista foi morta.

    Com tom mais conciliatório, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, propôs uma investigação conjunta com autoridades palestinas. A oferta, porém, foi rebatida pelo porta-voz da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Ibrahim Milhim, que disse que seu governo rejeita qualquer participação de Israel nas investigações sobre a morte da jornalista. Segundo a ANP, que administra partes da Cisjordânia ocupada e coopera com Israel em questões de segurança, o “assassinato” de Abu Akleh “faz parte da política da ocupação de atacar jornalistas para obscurecer a verdade e cometer crimes silenciosamente”.

    Leia mais: Organizações lançam Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores

    O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, também condenou o caso e pediu que os responsáveis sejam penalizados. De acordo com ele, “trabalhadores da mídia nunca devem ser alvos”.

    O Sindicato dos Jornalistas da Palestina denunciou a morte de Abu Akleh como “um claro assassinato perpetrado pelo exército de ocupação israelense”. Da mesma forma, a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) informou, em comunicado, que levará a denúncia ao Tribunal Penal Internacional.

    Trajetória

    Nascida em 1971 em uma família cristã na parte ocupada de Jerusalém, a palestina Shireen Abu Akleh também tinha cidadania americana e estudou Jornalismo na universidade Yarmouk, na Jordânia.

    Ao concluir o curso, ela fundou a rádio “Voz da Palestina”, com sede em Ramallah, cidade palestina que fica a 15 quilômetros ao norte de Jerusalém. Shireen começou a trabalhar para a Al Jazeera em 1997, um ano após a inauguração da emissora, onde se tornou uma das principais repórteres responsáveis pela cobertura do conflito israelo-palestino.

    Desde 1967 o território da Cisjordânia, onde Abu Akleh foi morta, é ocupado pelas forças militares israelenses. Segundo levantamento da WAFA, agência de notícias oficial da ANP, somente em 2021, foram registradas 384 violações a jornalistas que trabalhavam em zonas palestinas ocupadas por Israel.

    *Com informações do Brasil de Fato e O Globo

    Edição: Jaqueline Deister

    assassinato israel jornalista palestina violência contra jornalista
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Em carta aberta, comunicadoras e jornalistas cobram segurança e garantia de liberdade de expressão

    “Ainda há muitas perguntas sem respostas”, afirmam indígenas após indiciamento de mandante dos assassinatos de Dom e Bruno

    Ministério da Justiça anuncia criação de Observatório Nacional de Violência contra Jornalistas

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    março 20, 2023

    Relatório sobre mudanças climáticas aponta urgência de medidas mais ambiciosas para garantir futuro “habitável para todos”

    março 17, 2023

    Em carta aberta, comunicadoras e jornalistas cobram segurança e garantia de liberdade de expressão

    março 16, 2023

    No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+

    março 15, 2023

    Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias

    Mais lidos
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Em 2023, campanha dos 21 Dias de Ativismo Contra o Racismo reforça a importância da luta antirracista no Brasil
    • No Ceará, Frente de Mulheres do Cariri cobra de prefeitura tratamento digno a pessoas LGBTQIA+
    • Ministério das Comunicações prorroga prazo de editais para rádios comunitárias
    • “Tempo demais”: assassinato de Marielle e Anderson completa 5 anos sem respostas
    Podcast
    junho 20, 20220

    Pulsar Brasil lança série de podcast sobre a participação de mulheres na política brasileira

    Educação
    maio 12, 20220

    Enem 2022: Inscrições abertas até o dia 21 de maio

    Geral
    abril 22, 20220

    Entenda o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

    Geral
    março 15, 20220

    Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Gênero
    março 8, 20220

    8M: “Estamos fortalecidas e vamos, sim, mudar o mundo”, afirmam comunicadoras da Amarc

    Coberturas especiais
    fevereiro 11, 20220

    Dia Mundial do Rádio: Comunicadores comunitários falam sobre a importância do “avô das mídias” nos dias de hoje

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.