Precarização e desmonte da comunicação pública. Falta de reajuste salarial, retirada de direitos. Este é o atual cenário da Empresa Brasil de Comunicação, a EBC. Jornalistas e radialistas estão em greve desde a última terça-feira (14)para reivindicar direitos e denunciar as tentativas de desmonte da empresa.
De acordo com Leonel Quirino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Rádio e TV do Estado do Rio de Janeiro, entre os trabalhadores que não possuem cargos de confiança a adesão ao movimento chega a 90 por cento, em alguns setores até 100 por cento. As paralisações ocorrem nas redações de São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Maranhão.
Os profissionais protestam contra a falta de reajuste salarial e a retirada de direitos do Acordo Coletivo propostos pela direção da EBC. Os trabalhadores denunciam ainda o corte de benefícios, como vale-refeição, auxílio-creche, auxílio para pessoas com deficiência e o vale-cultura.
Leonel Quirino conta que a empresa suspendeu a negociação, o que pode levar a situação a ser resolvida por dissídio coletivo, quando a decisão é tomada por uma terceira parte.
De acordo com o sindicalista, os trabalhadores da EBC repudiam a tentativa do governo de Michel Temer de desmonte da comunicação pública. Algo que tem sido frequente desde sua posse como presidente interino.
Para os próximos dias estão previstos atos em defesa da EBC e dos trabalhadores. A próxima assembleia deve ocorrer na segunda-feira (21). (pulsar)