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    Direitos Humanos

    Jovem refugiado é espancado até a morte após cobrar o pagamento de diárias de trabalho atrasadas

    Corpo da vítima foi encontrado amarrado próximo ao quiosque onde trabalhava na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro
    janeiro 31, 20221 comentário4 min para ler
    O africano foi agredido durante 15 minutos com golpes, pedaços de madeira e até um taco de beisebol (Foto: Reprodução)

    Homenagens e protestos por justiça marcaram o enterro do corpo de Moise Kabagambe realizado no último domingo (30), no Rio de Janeiro. Vestidos com camisas com a foto do jovem congolês e entoando canções típicas de sua terra natal, familiares e amigos celebraram a memória de Kabagambe e cobraram a apuração imediata do crime que lhe tirou a vida.

    No dia 24 de janeiro, Moise Kabagambe foi espancado até a morte por um grupo de cinco homens em plena praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, no “Kiosque Tropícália”, onde trabalhava como atendente e ajudante de cozinha. Segundo a família, Moise foi assassinado minutos após cobrar do responsável pelo estabelecimento o pagamento de diárias atrasadas.

    No último sábado (29), parentes e amigos do congolês realizaram um protesto em frente ao local em que o crime ocorreu, na Avenida Lúcio Costa, para exigir a identificação e punição dos agressores. No domingo, há poucos meses de completar 25 anos, Kabagambe foi enterrado no Cemitério de Irajá, na zona norte do Rio.

    Morador de Madureira, Moise Kabagambe residia no Brasil desde 2011, quando chegou ao país junto com a mãe e irmãos para se refugiar da guerra e da fome na República Democrática do Congo.

    Crime

    Segundo a família do congolês, além de se negar a pagar a dívida cobrada, o gerente do quiosque teria ameaçado o Kabagambe e convocado os demais agressores, que se encontravam próximos. Conforme registraram as câmeras de segurança do local, o africano foi agredido durante 15 minutos com golpes, pedaços de madeira e até um taco de beisebol. Antes de desmaiar, o jovem ainda teve mãos e pernas amarradas com corda.

    Leia também: Pesquisa retrata o impacto da pandemia de Covid-19 em organizações lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil

    Ainda de acordo com os relatos de parentes que tiveram acesso às imagens, após a agressão, Moise foi deixado deitado no chão. Quando as equipes da Polícia Militar (PMRJ) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegaram, encontraram o corpo do congolês em uma escada, amarrado e já sem vida.

    A família também conta que só foi notificada sobre o assassinato na manhã de terça-feira (25), quase 12 horas após o crime. Além disso, segundo alguns parentes, os órgãos da vítima teriam sido retirados no Instituto Médico Legal (IML) sem qualquer consulta à família da vítima.

    De acordo com a Polícia Civil, a investigação do caso está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Nesta segunda-feira (31), a corporação informou à Pulsar que “os agentes analisaram imagens de câmeras de segurança e estão em diligências para identificar e prender os autores do crime”.

    Sobre a suposta retirada de órgãos, a Polícia Civil nega a acusação e afirma que o laudo pericial atesta que o corpo chegou ao IML sem nenhuma lesão além daquelas que provocaram a morte. Além disso, garante que as imagens do exame de necropsia mostram o tórax da vítima aberto com os órgãos dentro.

    Racismo e Xenofobia

    No último sábado (29), a Comunidade Congolesa no Brasil/Rio de Janeiro publicou uma nota em que considera que a morte brutal de Moise “não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas, contra os estrangeiros”.

    Leia também: Negros são maioria entre trabalhadores que recebem até um salário mínimo, aponta estudo

    O texto também recorda que o Brasil é signatário das Convenções de Genebra que estabelecem direitos e responsabilidades dos refugiados, bem como dos países que lhes servem de asilo. Neste sentido, a nota destaca: “Combater com firmeza e vencer o racismo e a xenofobia é uma condição para que o Brasil se torne uma nação justa e democrática”.

    Nesta segunda-feira, representantes da Comunidade Congolesa se reuniram com uma equipe da secção do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ) para acompanhar o caso.

    Edição: Jaqueline Deister

    barbaridade racismo refugiado rio de janeiro
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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    1 comentário

    1. Wilna Mello de Souza em fevereiro 1, 2022 09:42

      É impactante, é ultrajante percebermos o quanto a injustiça impera na nossa sociedade. Que o sangue de tantas vítimas ainda mancham as nossas mãos, porque somos informados desses atos hediondos e não fazemos nada.
      Muito triste e desolador.

      Responder

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