Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Mais de 100 mil famílias foram atingidas por conflitos no campo no primeiro semestre de 2022, diz CPT
    Geral

    Mais de 100 mil famílias foram atingidas por conflitos no campo no primeiro semestre de 2022, diz CPT

    Segundo levantamento, número de assassinatos aumentou 150% em relação a 2021; indígenas, quilombolas e sem-terras são as principais vítimas
    novembro 1, 2022Nenhum comentário3 min para ler
    Mais da metade dos conflitos se concentra na Amazônia Legal (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

    Redação

    Um levantamento divulgado na última semana pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) aponta que no primeiro semestre de 2022 foram registradas 759 ocorrências de conflitos no campo no Brasil, envolvendo um total de 113.654 famílias.

    Segundo a pesquisa, a Amazônia Legal responde por mais da metade do total de conflitos e as principais vítimas são indígenas, quilombolas, sem-terras, posseiros e assentados. A CPT também chama atenção para os 25 assassinatos decorrentes de conflitos no campo registrados no primeiro semestre. Segundo a comissão, o número corresponde a um aumento de 150% em comparação com o mesmo período de 2021.

    Conflitos por terra

    Das 759 ocorrências identificadas pela CPT, 601 se referem a conflitos por terra, 105 a conflitos pela água, 42 a conflitos trabalhistas, 10 a conflitos em tempos de seca e uma a conflitos em área de garimpo.

    Leia mais: Região amazônica concentra maioria de conflitos e mortes no campo em 2021, aponta relatório

    Em relação aos conflitos por terra, das 601 ocorrências, 554 foram referentes a violências contra famílias e/ou pessoas, 45 a ocupações e retomadas de territórios e duas em situações de acampamentos rurais. Segundo a CPT, 4.981 famílias sofreram ameaça de expulsão e 1.964 tiveram seus roçados destruídos nos seis primeiros meses deste ano. Neste último ponto, destacam-se os casos de contaminação por agrotóxico, que atingiram 5.637 famílias em todo Brasil. De acordo com a Comissão, além de atentar contra a saúde dos povos e comunidades do campo, esse tipo de violência “ocasiona também a contaminação das águas e dos alimentos saudáveis que abastecem as mesas da sociedade brasileira”.

    Entre os causadores dos conflitos por terra, na dianteira das ações está o governo federal (com mais de 25% das violências cometidas), seguido por fazendeiros, empresários, grileiros e madeireiros. Ainda neste campo, o levantamento ressalta que 31.380 famílias foram vítimas de violências causadas por omissão ou conivência de órgãos do poder público. Nesses casos, o governo federal foi responsável por 78,6% do total de ocorrências.

    Modus Operandi

    Segundo a CPT, os conflitos no campo em 2022 já resultaram em 33 assassinatos, sendo 25 deles cometidos no primeiro semestre e a maior parte (30,3%) relacionados à pistolagem.

    O levantamento destaca que de janeiro a junho cinco mulheres foram assassinadas em conflitos no campo, o maior número registrado desde 2016. Além do crime de homicídio, as mulheres também foram vítimas de ameaças de morte, intimidação e tentativa de assassinato.

    Na conta geral, os principais tipos de violência contra as pessoas registrados no primeiro semestre de 2022 foram prisões (16,8%) tentativas de assassinato (10,3%), intimidação (9,3%) e ameaça de morte (9,3%).

    Amazônia Legal

    Ao analisar os dados referentes à Amazônia Legal, a CPT verificou um aumento de 33% no registro de conflitos no campo em relação ao primeiro semestre de 2021. Foram 425 ocorrências envolvendo 65.974 famílias, o que representa 55,8% de todos os conflitos no campo registrados no país.

    Leia mais: Organizações lançam relatório que analisa a atuação de gigantes da mineração em terras indígenas

    As maiores vítimas dos conflitos por terra registrados na Amazônia Legal foram os indígenas (36%), seguidos pelos quilombolas (25%), e pelos posseiros (13%).

    Edição: Jaqueline Deister

    assassinato conflito agrário terra violencia
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Caso Mãe Bernadete: suspeitos de envolvimento na morte de líder quilombola são presos na Bahia

    Fotojornalista é morto durante ação policial em protesto na cidade de Buenos Aires

    Candidato à presidência do Equador é assassinado a dez dias das eleições

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    setembro 26, 2023

    ONU oferece bolsas de estudo sobre direitos humanos para indígenas e quilombolas

    setembro 25, 2023

    Frente de mulheres prepara agenda de manifestações em defesa da descriminalização do aborto

    setembro 22, 2023

    Derrubada a tese do Marco Temporal, o que ainda falta o STF definir sobre a demarcação de terras indígenas?

    setembro 21, 2023

    “Mal escrito e sem provas”: deputados contestam relatório final da CPI do MST

    Mais lidos
    Internacional
    setembro 14, 20230

    Em meio a crise econômica, governo argentino decide ampliar isenção do Imposto de Renda

    Internacional
    agosto 25, 20230

    Em pleno período eleitoral, entrada da Argentina no Brics divide opiniões entre governo e oposição

    Especial Margaridas
    agosto 16, 20230

    Marcha das Margaridas reúne mais de 100 mil mulheres em Brasília

    Internacional
    agosto 16, 20230

    Candidato de extrema-direita é o mais votado em eleições primárias da Argentina

    Especial Margaridas
    agosto 15, 20230

    “Até que todas sejamos livres”: Margaridas chegam a Brasília confiantes na reconstrução do país

    Especial Margaridas
    agosto 11, 20230

    Assassinato de Margarida Alves completa 40 anos: conheça o legado da agricultora e líder sindical

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.