Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Mais de 15% da área da Caatinga foi queimada nos últimos 37 anos, revela estudo
    Meio Ambiente

    Mais de 15% da área da Caatinga foi queimada nos últimos 37 anos, revela estudo

    Segundo levantamento, o bioma brasileiro já perdeu mais de 6 milhões de hectares de mata nativa e 160 mil hectares de superfície de água
    outubro 7, 2022Nenhum comentário4 min para ler
    Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que se estende por nove estados (Foto: Fundaj)

    Redação

    Um levantamento realizado pelo Mapbiomas com base em imagens de satélite revela que aproximadamente um quarto (25,59%) das áreas da Caatinga foram modificadas pela ação do homem nos últimos 37 anos.

    Entre as transformações, destacam-se os mais de 13 mil hectares de área queimada, o que corresponde a mais 15% do território ocupado pelo bioma, e a redução de seis milhões de hectares de mata nativa, área maior que os estados de Sergipe e Alagoas juntos.

    Leia mais: “Pouco a comemorar”, avaliam organizações sobre o Dia da Amazônia

    O projeto Mapbiomas Brasil analisa a transformação do território brasileiro desde 1985 através de mapeamentos anuais da cobertura e uso do solo e monitoramos da superfície de água. Ainda sobre as mudanças na Caatinga, o estudo divulgado esta semana aponta que o bioma perdeu mais de 160 mil hectares de superfície de água – um decréscimo de 16,75% em relação ao cenário na década de 1980. Com exceção de Sergipe, todos os nove estados da Caatinga tiveram redução de superfície de água.

    Segundo o levantamento, o principal motor de avanço sobre a vegetação nativa foi a agropecuária, que cresceu um quarto da sua área na região e ganhou 6,7% de território, o que equivale a 5,7 milhões de hectares. No Ceará, por exemplo, o crescimento das áreas de pastagens nesse período foi superior a 320%. Na Paraíba e Rio Grande do Norte, as pastagens mais que dobraram (125% e 172%, respectivamente). No sudeste, durante o período mapeado a agricultura cresceu 131% em Minas Gerais.

    Desertificação

    De acordo com Washington Rocha, coordenador da Equipe Caatinga do MapBiomas, a rápida transformação da Caatinga tem colocado a própria existência do bioma em risco, com mudanças acentuadas em algumas regiões e o aparecimento de “núcleos de desertificação”.

    “Mapeamos a região de Irauçuba, no Ceará, e detectamos a expansão de um núcleo de desertificação. Padrão semelhante foi observado em outros núcleos de desertificação, como em Cabrobó (PE), com tendência de expansão para leste, no sentido de Alagoas, e em Seridó (RN), verifica-se expansão para sul em direção à Paraíba. Além dos núcleos de desertificação, é possível monitorar com os dados do Mapbiomas as ASD´s (áreas suscetíveis à desertificação), como Jeremoabo, na Bahia. Este é um exemplo de como a transformação da Caatinga coloca o bioma em risco”, comentou.

    Leia mais: Ruralômetro: ferramenta digital permite identificar políticos brasileiros com “febre ruralista”

    Com mais de 844 mil quilômetros quadrados (quase 10% do território nacional), a Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro que se estende por nove estados. Destes, cinco têm mais de 50% de seu território no bioma: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, o único que fica integralmente dentro do bioma. Responsável por 40,7% do território da Caatinga, a Bahia é o  estado com maior área do bioma.

    Atualmente, cerca de 30,5% do território da Caatinga – mais de 26 milhões de hectares – é classificado como Reserva da Biosfera, o que significa que são áreas especialmente designadas para aliar a conservação ambiental e o desenvolvimento humano sustentável. Contudo, de acordo com o Mapbiomas, mesmo essas áreas tiveram perdas de 7,6%, sendo ocupadas por agricultura (2%) e pastagens (5,6%).

    As Unidades de Conservação, por sua vez, ocupam 9,01% do bioma (7,8 milhões de hectares) e perderam 3,3% de sua área. Do outro lado, a agricultura e a pastagem ganharam 1,42% e 2,06%, respectivamente.

    O Mapbiomas Brasil é sustentado por uma rede colaborativa formada por ONGs, universidades e startups de tecnologia. Além de produzir mapeamentos e relatórios anuais sobre a transformação do território brasileiro, o projeto busca “tornar acessível o conhecimento sobre a cobertura e o uso da terra, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, como forma de combate às mudanças climáticas”.

    Edição: Jaqueline Deister

    agropecuária caatinga desetificação meio ambiente
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Organizações argentinas protestam contra projeto de exploração de petróleo na Costa Atlântica

    Congresso “passa a boiada” e aprova medidas que põem em risco o futuro do meio ambiente no Brasil

    Organizações e movimentos sociais exigem anulação da liberação de cultivo e comércio de trigo transgênico no Brasil

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    setembro 29, 2023

    Brasil registra menor taxa de desemprego dos últimos 8 anos, aponta IBGE

    setembro 28, 2023

    Marco Temporal: entenda a disputa entre STF e Senado e os impactos para os povos originários

    setembro 27, 2023

    Movimento negro realiza ato em Brasília por ministra negra no STF

    setembro 26, 2023

    ONU oferece bolsas de estudo sobre direitos humanos para indígenas e quilombolas

    Mais lidos
    Internacional
    setembro 14, 20230

    Em meio a crise econômica, governo argentino decide ampliar isenção do Imposto de Renda

    Internacional
    agosto 25, 20230

    Em pleno período eleitoral, entrada da Argentina no Brics divide opiniões entre governo e oposição

    Especial Margaridas
    agosto 16, 20230

    Marcha das Margaridas reúne mais de 100 mil mulheres em Brasília

    Internacional
    agosto 16, 20230

    Candidato de extrema-direita é o mais votado em eleições primárias da Argentina

    Especial Margaridas
    agosto 15, 20230

    “Até que todas sejamos livres”: Margaridas chegam a Brasília confiantes na reconstrução do país

    Especial Margaridas
    agosto 11, 20230

    Assassinato de Margarida Alves completa 40 anos: conheça o legado da agricultora e líder sindical

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.