

No próximo sábado (24) será realizada a quarta jornada de mobilização nacional em defesa da vida de brasileiras e brasileiros e contra o governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido). Desde a primeira edição, no dia 29 de maio (#29M), as manifestações contra o presidente têm se repetido com um número cada vez maior de apoiadores. Segundo informações da Central de Mídia das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, o #24J já conta com 426 atos confirmados em 405 cidades e 15 países.
Como nas edições passadas, os atos de sábado têm sido organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo. Juntas, as frentes reúnem mais de cem de organizações sociais. Criada há pouco mais de um ano, em junho de 2020, a Campanha Nacional Fora Bolsonaro também conta com a participação de centrais sindicais e partidos políticos como PT, PSB, PDT, Psol, PCdoB, PSTU, PCB, PCO e UP.
Na pauta de reivindicações dos atos, seguem a cobrança pela rápida vacinação de toda população brasileira, o retorno do auxílio emergencial de R$ 600 e justiça para as mais de 545 mil vidas perdidas para a Covid-19 no país.
De acordo com a organização dos atos, desde que a Campanha Fora Bolsonaro decidiu ocupar as ruas, em maio deste ano, a conjuntura tem se alterado com um número crescente de denúncias e críticas ao governo do presidente. Portanto, as manifestações de sábado também têm como objetivos: reforçar as denúncias de prevaricação e corrupção apresentadas pela CPI da Covid e cobrar do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a abertura de um dos mais de 100 pedidos de impeachment protocolados na Câmara dos Deputados, como o ‘superpedido’ apresentado no início do mês.
Para a nova presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Bruna Belaz, o sábado será um dia para unir revolta e esperança: “Revolta porque a gente está cansada desse governo. E esperança porque sabemos que vamos vencer, a partir da mobilização que a gente vai construir nas ruas”, explicou a estudante de Direito em entrevista ao jornal Brasil de Fato.
Em depoimento à Rede Brasil Atual, o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares e da Frente Brasil Popular, Raimundo Bonfim comentou sobre o crescente apoio popular aos protestos e sobre a adesão de representantes de setores políticos para além da esquerda.
“A urgência é remover o atual presidente da República e estancar a destruição que seu governo promove no país. Se a esquerda saiu na frente, cabe à direita também entrar. As ruas são democráticas”.
Os organizadores fazem questão de lembrar aos manifestantes que seguem valendo para o #24J as mesmas orientações de segurança dos atos anteriores: uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social de no mínimo dois metros. Para reforçar o cuidado, em várias cidades haverá distribuição de máscaras, álcool em gel e brigadas de voluntários para ajudar na orientação sobre o distanciamento social e segurança.