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    Direitos Humanos

    Marcha das Margaridas lança campanha de arrecadação para manifestação histórica em 2023

    A 7ª edição da maior mobilização protagonizada por mulheres da América Latina será realizada nos dias 15 e 16 de agosto em Brasília
    junho 6, 2023Nenhum comentário5 min para ler
    A Marcha foi criada em 2000 e, a cada quatro anos, reúne mulheres camponesas de todas as regiões do país em Brasília para reivindicar direitos e cidadania (Foto: divulação)

    Redação

    A Marcha das Margaridas lançou, nesta terça-feira (6), uma campanha de arrecadação online para garantir o maior número possível de participantes na manifestação deste ano. Considerada a maior mobilização protagonizada por mulheres na América Latina, a Marcha foi criada em 2000 e, a cada quatro anos, reúne mulheres camponesas de todas as regiões do país em Brasília para protestar por visibilidade, reconhecimento de direitos e cidadania plena.

    Em 2023, a sétima edição do evento será realizado nos dias 15 e 16 de agosto sob o lema “Margaridas em Marcha pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. A expectativa da organização é de que 100 mil trabalhadoras do campo compareçam à capital federal.

    Leia mais: Federação de Trabalhadores Rurais de Pernambuco comemora 60 anos de lutas e conquistas

    De acordo com as organizadoras da Marcha, o valor arrecadado pela campanha será utilizado para custeio da manifestação, incluindo o deslocamento das camponesas de diversos estados até Brasília. A meta é arrecadar 30 mil reais até o dia 6 de agosto.

    As doações podem ser feitas através da página da campanha na plataforma Benfeitoria.

    Reconstrução

    A última edição da Marcha das Margaridas ocorreu em 2019, no primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). Segundo a coordenadora-geral do evento, Mazé Morais, os anos que se seguiram foram “momentos difíceis, sombrios e de muitas incertezas”.

    “Reagimos cotidianamente aos ataques, violações e desmonte das políticas públicas que asseguravam os nossos direitos, conquistados pela força da nossa luta. Na luta por sobrevivência, mesmo vivendo às margens, nós atuamos incansavelmente em defesa da nossa existência, construímos nossas histórias, protagonizamos a luta em defesa dos nossos direitos, resistimos e procuramos formas de nos organizar a partir de questões do nosso cotidiano”, relembra.

    Ainda segundo Mazé, o esforço de reconstrução do país após as Eleições 2022 exige “a força e a determinação necessária para superação dos retrocessos que o governo anterior impôs”, mas, principalmente: “o firme compromisso com a retomada das políticas públicas para agricultura familiar” e, em especial, para as “mulheres trabalhadoras do campo, da floresta, das águas e das cidades”.

    Bem Viver

    De acordo com o documento de apresentação da Marcha das Margaridas 2023 o “Bem Viver” que as Margaridas anunciam no lema da Marcha deste ano se estabelece a partir de relações que respeitam as diferenças, cultivam o respeito e valorizam todas as formas de vida.

    “Quando as Margaridas apontam o Bem Viver como o sentido do Brasil que elas querem reconstruir, elas estão reafirmando a possibilidade de: estabelecer uma relação de não-exploração com a natureza; usufruir do direito de viver em suas terras e territórios; mudar os moldes de produção e consumo, e propor novas formas de produção de alimentos, de modo a fortalecer a soberania e segurança alimentar e nutricional; participar plenamente na política e nos espaços de decisões; limitar a concentração de riqueza, levando a uma convivência sem desigualdades, sem pobreza, sem fome, sem racismo e sem violência, em que as mulheres do campo, da floresta e das águas tenham autonomia sobre seus corpos-territórios; e, por fim, cultivar relações em que o cuidado e os afetos sejam resguardados por todas e todos”, explica o texto.

    Margaridas

    Criada há 23 anos, a Marcha das Margaridas é inspirada na vida e luta de Margarida Maria Alves, agricultora e líder sindical paraibana que se tornou símbolo da luta pela igualdade de direitos para as mulheres do campo.

    Nascida e criada em Alagoa Grande, na região do Brejo Paraibano, Margarida foi a primeira mulher a presidir o Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade e, ao longo dos 12 anos que esteve à frente da organização, moveu mais de 600 ações trabalhistas em defesa dos direitos dos trabalhadores do campo e contra latifundiários da região. À época, as principais pautas reivindicadas pelo sindicato eram: registro em carteira de trabalho, jornada diária de trabalho de oito horas, direito ao 13º salário e às férias.

    Margarida também foi responsável pela fundação, ainda na década de 1980, do Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural, uma iniciativa voltada para o fortalecimento da agricultura familiar e para o desenvolvimento sustentável em áreas rurais e urbanas.

    A firmeza na luta por direitos e as constantes denúncias feitas pela líder sindical acabaram gerando uma série de conflitos com fazendeiros e latifundiários que passaram a enxergá-la como uma ameaça ao poder constituído na região.

    Em 12 de agosto de 1983, ela foi executada na frente da casa onde morava com um tiro na cabeça. O marido e o filho, então com oito anos de idade, presenciaram o assassinato. Segundo o Ministério Público, o assassinato de Margarida Maria Alves envolveu fazendeiros, usineiros, pistoleiros e um policial militar, mas ninguém foi condenado.

    O crime teve repercussão internacional e, inclusive, uma denúncia foi encaminhada à Corte Internacional de Direitos Humanos (CIDH). Após a morte, Margarida foi homenageada com o prêmio Pax Christi Internacional, em 1988, e com a Medalha Chico Mendes de Resistência, oferecida pelo Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro (GTNM/RJ).

    *Com informações do Brasil de Fato

    Edição: Jaqueline Deister

    agricultoras campo Marcha das Margaridas mobilização mulheres
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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