Coletivos feministas se reúnem e promovem atos em várias cidades do país nesta quarta-feira (1º), em apoio às jovens que sofreram estupros coletivos no Rio de Janeiro e no Piauí no final de semana entre dias 20 e 22 de maio. Os protestos, nomeados “Por todas Elas”, denunciam a cultura do estupro e exigem a punição dos agressores.
Estão previstos atos em São Paulo, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre, Brasília e Rio de Janeiro; além de Lisboa, em Portugal, e Boston, nos Estados Unidos.
As mobilizações começaram nas redes sociais após a divulgação de notícias sobre o caso de estupro coletivo. Movimentos sociais, artistas, parlamentares e entidades pró-direitos humanos lançaram uma campanha na qual mulheres devem publicar vídeos nas redes sociais dizendo não à violência contra a mulher com as hashtags #EstuproNuncaMais e #PeloFimDaCulturaDoEstupro. Em menos de uma hora, a campanha havia alcançado o primeiro lugar entre as mais citadas no Twitter Brasil e o terceiro lugar em nível mundial.
Para Geórgia Bello, advogada e integrante do coletivo carioca “À Esquerda da Praça”, é de extrema importância neste momento os movimentos de mulheres irem para as ruas contra a cultura do estupro e a banalização da violência contra a mulher.
Na zona oeste do Rio de Janeiro, uma adolescente de 16 anos foi drogada e estuprada por 33 homens. O crime foi denunciado após a divulgação na internet de fotos e um vídeo da menina desacordada e com os órgãos genitais feridos em evidência. Nas imagens, um homem diz que “uns 30 caras passaram por ela”.
Já em Bom Jesus, no sul do Piauí, uma adolescente de 17 anos foi violentada por cinco jovens, quatro deles menores de idade, na madrugada do último dia 20. Os agressores teriam se aproveitado da embriaguez da moça para cometer o crime. Ela foi encontrada amarrada dentro de uma obra. (pulsar)
*Com informações do Brasil de Fato