Quais os principais desafios para uma mulher dentro da Capoeira? Como combater o machismo que se manifesta nesta arte e luta que é Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade? Essas perguntas têm sido cada vez mais frequentes para muitas mulheres praticantes da Capoeira que sentem também o peso da opressão social e do sexismo nos seus espaços de treino.
A necessidade de um debate mais aprofundado sobre igualdade de gênero e racismo fez com que o grupo de Capoeira Angola Marrom e Alunos, a partir da iniciativa da Contra Mestra Tatiana Brandão, idealizasse o evento Saberes: Capoeira Angola, Mulher e Resistência.
O encontro é voltado para uma perspectiva de gênero e dialoga com outros movimentos feministas de Capoeira Angola que já ocorrem na Bahia e em São Paulo. À Pulsar Brasil, a Contra Mestra Tatiana destacou que o evento amplia o debate sobre discriminação sexual e promove o protagonismo da mulher capoeirista.
O encontro Saberes: Capoeira Angola, Mulher e Resistência começa nesta sexta-feira (21), no Rio de Janeiro com uma aula e roda de conversa, com a fundadora do Grupo Nzinga de Capoeira Angola e uma das principais referências sobre feminismo no Brasil, Mestra Janja. No sábado e domingo as atividades serão realizadas em Petrópolis, região serrana do estado.
Ao longo dos três dias de evento, os participantes poderão também conhecer mais sobre o universo da cultura afro-brasileira com a educadora e treinel do grupo de Capoeira Angola Volta ao Mundo, Ludmila Almeida e saber mais sobre os mecanismos legais de combate à violência contra a mulher.
As inscrições para o evento ainda estão abertas. Às vésperas do encontro, o valor para participar dos três dias de atividades é de 100 reais, incluindo alojamento e alimentação. A organização informou que estão sendo aceitas inscrições para um dia de evento, o custo é de 60 reais. A programação completa do Saberes: Capoeira Angola, Mulher e Resistência e os detalhes sobre como participar estão disponíveis aqui. (pulsar)