No último sábado (15), a comunidade da Vila Autódromo, localizada na zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, realizou o Festival Cultural #OcupaVilaAutódromo que contou com diversas atividades em parceria com movimentos sociais e grupos apoiadores. O objetivo do evento foi celebrar e reafirmar a resistência dos moradores em meio às violações de direitos sofridas com as remoções.
De acordo com Nathália Silva, moradora da comunidade há mais de 20 anos,atualmente as cerca de 200 famílias que ainda resistem às remoções convivem com os escombros num verdadeiro cenário de guerra. Segundo ela, os moradores se sentem oprimidos com a pressão psicológica da Prefeitura carioca e muitos acabam cedendo.
A moradora acredita que o #OcupaVilaAutódromo foi muito importante para mostrar que a comunidade não está sozinha e que ainda é possível resistir. Nathália afirma que a Vila Autódromo não é contra os jogos olímpicos, mas sim contra o uso do megaevento esportivo como pretexto para a higienização do Rio de Janeiro.
O prefeito Eduardo Paes (PMDB), em recente declaração, afirmou que a comunidade não será totalmente removida. Para Nathália Silva, a expectativa dos moradores é que a promessa seja cumprida e que seus direitos sejam respeitados, tanto de posse de suas casas quanto de urbanização do espaço.
A Vila Autódromo possui mais de 40 anos de história e seus habitantes foram regularizados pelo Governo do Estado, mas mesmo assim vêm enfrentando repetidas ameaças de remoção pela Prefeitura desde a década de 90. (pulsar)