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    “O nosso maior alvo é promover a cultura da paz”, diz associada da Amarc em Guiné-Bissau

    Há cinco anos no ar, Rádio Voz de Paz FM atua junto a comunidades isoladas em área de floresta na fronteira sul do país africano
    março 25, 2022Nenhum comentário4 min para ler
    Emissora contribui para a inclusão social das mais de 90 comunidades que vivem próximas à fronteira no sul de Guiné-Bissau (Foto: Rádio Voz de Paz FM/Arquivo)

    “Somos vocacionados para o trabalho da cultura da paz”. É com essas palavras que José Valberto Oliveira, educador e um dos fundadores da Rádio Voz de Paz FM se refere ao trabalho desenvolvido pela emissora comunitária em Guiné-Bissau, na região oeste da África.

    Sediada na aldeia de Bonia, no setor de Cacine, região de Tombali, a Voz de Paz foi inaugurada em 2016 com o propósito de democratizar a comunicação e promover a inclusão social das mais de 90 aldeias que vivem praticamente isoladas em uma região cercada de floresta e próxima à fronteira sul do país. Segundo José Valberto, a necessidade de garantir o acesso das comunidades a direitos básicos como educação e saúde foi o que motivou a criação da emissora.

    “Cacine está localizada em uma área de floresta. Nós vivemos numa área rural e precisávamos tirar a população de nossas comunidades do total isolamento para que elas pudessem expressar seus anseios, conhecer seus direitos e deveres como cidadãos guineenses e serem incentivados a conservar a fauna e a flora que ainda resta aqui”, explicou à Pulsar.

    De acordo com José Valberto, até hoje a Voz de Paz FM é a única rádio comunitária ativa no setor de Cacine e chega alcançar outros três setores de Tombali, região do país com mais de 90 mil habitantes. Administrada por uma equipe de voluntários da Associação Amigos das Escolas de Guiné-Bissau, a associada da Amarc oferece uma programação que inclui desde conteúdos educativos, culturais, de saúde, consciência ambiental e defesa de direitos de mulheres e crianças até programas religiosos de grupos muçulmanos, católicos e evangélicos.

    “Nós oferecemos, de forma gratuita, a todas as religiões existentes no nosso setor programas de 30 minutos. A Rádio Voz de Paz FM tem sido realmente a voz dessas comunidades e um canal de grande ajuda no dia a dia da população. Tanto para as pessoas que necessitam mandar algum comunicado para as aldeias, quanto para divulgação de programas do governo, das associações, ONGs e da população em geral”, afirmou Oliveira.

    Leia também: Afiliada da Amarc lança rede social para solucionar demandas de jovens de periferias e do interior do país

    Cultura de paz

    Por estar localizada em uma região próxima à fronteira com a Guiné-Conacri (República da Guiné), a Voz de Paz FM tem como principal missão promover o diálogo fraterno entre as comunidades para a resolução de problemas locais e até mesmo de âmbito nacional. Neste sentido, entre as diversas ações realizadas pela emissora ao longo dos últimos anos, José Valberto destaca o Festival da Fronteira, evento organizado para reunir povos que vivem próximos à linha que divide as Guinés (Bissau e Conacri).

    “Estamos nos preparando para promover o 2º Festival da Fronteira, cuja temática será ‘Mulheres na Fronteira: Construtoras da Paz’. Queremos que esse festival traga muitos frutos, como o primeiro trouxe, para a promoção da unidade nacional e para um convívio saudável entre os grupos étnicos e o povo que vive na linha da fronteira”, comentou.

    Sede da Rádio Voz de Paz FM na aldeia de Bonia, em Cacine (Foto: Rádio Voz de Paz FM/Arquivo)

    Assim como a maioria das emissoras comunitárias brasileiras, os principais desafios enfrentados pela Voz de Paz FM passam pela falta de recursos humanos e financeiros. Contudo, para José Valberto, apesar das dificuldades para arcar com os custos de manutenção da rádio, a falta de pessoal capacitado para operar a rádio ainda é o principal problema a ser superado.

    “Por não sermos uma rádio comercial, temos muita dificuldade de conseguir meios no dia a dia para cuidar de tudo que temos, a começar pelos equipamentos. Agora, por exemplo, teremos que mudar a nossa torre. Mas o maior desafio é termos recursos humanos. Gostaríamos muito de receber voluntários ou voluntárias que viessem ajudar no processo de formação dos nossos voluntários aqui”, explicou o educador que sonha ainda com um encontro de comunicadoras e comunicadores comunitários de países de língua portuguesa.

    “A Amarc pode nos ajudar muito na formação dos nossos voluntários e no intercâmbio entre as rádios. Creio que ela seria uma chave fundamental para, quem sabe, este primeiro encontro de rádios comunitárias de língua portuguesa”, concluiu o fundador da Voz de Paz FM.

    áfrica amarc guiné-bissau paz rádio comunitária
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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