Um evento esportivo transformado em negócio. Um negócio baseado em violações de direitos. Entre eles o direito à moradia. Para entender melhor a relação entre as Olimpíadas, remoções e resistência, a Pulsar Brasil conversou com Orlando Júnior, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (IPPUR) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador do Observatório das Metrópoles e militante do Comitê Popular Rio Copa e Olimpíadas.
De acordo com Orlando, a associação do megaevento com violações de direitos humanos é clara.
O professor considera a Vila Autódromo uma questão emblemática. Porém lembra que outras comunidades passaram pelo mesmo processo e não conseguiram resistir.
Para Orlando, a luta da comunidade é maior do que ela mesma, chegando a ser do mundo inteiro. E essa luta faz parte de um processo de expansão de interesses econômicos e do mercado imobiliário. (pulsar)