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    Comunicação

    Parceria entre escola pública e rádio comunitária é tema de documentário exibido no Rio de Janeiro

    Programa “Hora da Escola” da Rádio Bicuda FM é uma das iniciativas acompanhadas pelo filme “Territórios Sintonizados”, em exposição no Museu de Arte do Rio
    dezembro 17, 2021Atualização:dezembro 18, 20211 comentário6 min para ler
    Na esquerda, Margarete de Sousa, apresentadora do “Hora da Escola” (Foto: Bicuda FM)

    Desde outubro, quem visita a exposição “Crônicas Cariocas” no Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) tem a oportunidade de conhecer parte da história do programa “Hora da Escola”, uma parceria entre a Escola Municipal Irmã Zélia, localizada em Madureira, zona norte do Rio, e a Rádio Bicuda FM, emissora afiliada à Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc Brasil).

    Criado em maio deste ano, o programa é uma das iniciativas registradas pelo documentário “Territórios Sintonizados”, que apresenta distintas expressões das rádios comunitárias do Rio, mostrando suas histórias, memórias, enfrentamentos e superações. Além da Rádio Bicuda FM, o filme também conta com as participações da Grande Tijuca FM, Resistência FM e Pop Goiaba FM e foi coordenado pelo professor Adilson Cabral, do Curso de Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF).

    Hora da Escola

    De acordo com Margarete de Sousa, apresentadora do “Hora da Escola” e diretora da E.M. Irmã Zélia, a proposta do programa surgiu devido a suspensão das aulas presenciais por conta da pandemia de Covid-19. Segundo ela, a relação entre a escola e a rádio já existia desde antes da pandemia, porém se limitava à divulgação de informes e chamadas para as famílias de estudantes.

    A diretora conta que a necessidade de garantir o acesso dos cerca de 700 alunos aos conteúdos pedagógicos somada à constatação da exclusão digital de boa parte das famílias foi decisiva para por o projeto em prática.

    “A minha relação com a Rádio Bicuda vem desde 2018. Existia um ‘namoro’ da rádio com a escola. Mas agora, durante a pandemia, era necessário a gente manter contato com nossos alunos, principalmente os excluídos digitais. A gente sabe que nem todos têm acesso à internet e mesmo a casa que tem acesso, às vezes tem apenas uma ferramenta para quatro ou cinco crianças. Já o rádio não, o rádio é universal”, explicou Margarete à Pulsar.

    Planejado para ir ao ar apenas uma vez por semana, o sucesso da “Hora da Escola” fez com que o programa crescesse e passasse a ocupar parte da programação diária da Bicuda FM, com edições ao vivo de segunda à sexta-feira, das 8h às 9h. Segundo Margarete, o que surgiu como uma mera ferramenta para reproduzir os conteúdos da apostila do Rioeduca (aplicativo oficial da Secretaria Municipal de Educação do Rio), com a volta das aulas presenciais acabou se transformando em um espaço de debate sobre educação, infância, adolescência, cultura e comportamento.

    “Casamento”

    Ainda de acordo com diretora, o “casamento” entre a escola e a rádio tem sido fundamental para romper com o imaginário de que o ambiente de ensino estaria à parte do mundo e à parte da vida das crianças.

    “A rádio é o quintal da nossa escola. Ela fica literalmente em frente a nossa escola. E por ser um meio comunitário, ela agrega todas as sete comunidades com as quais a gente trabalha. Então, se eu não consigo ir dentro da comunidade pegar meu aluno para trazer para escola, se ele estuda de tarde mas precisa de um reforço e não tem como vir à escola, a rádio está entrando na casa dele”, comenta a professora de história, e acrescenta:

    “A gente precisa mostrar que a escola faz parte do dia a dia dos alunos. Que o que a gente trabalha na escola é o que se trabalha na vida delas. Eu falo muito no programa que a escola é o investimento de uma sociedade numa geração futura que será parte dessa mesma sociedade”, afirma.

    Rádio Comunitária

    Para o presidente da Rádio Bicuda FM, Evandro Gomes, a “Hora da Escola” além de ser um “programa de excelência” é, hoje, o “carro-chefe da programação diária da rádio”. Segundo ele, com menos de um ano no ar, o programa já é motivo de orgulho para a emissora: “A escola ganhou, a população ganhou e a Rádio Bicuda FM ganhou também. Isso é muito importante!”

    Leia mais: Afiliada da Amarc lança rede social para solucionar demandas de jovens de periferias e do interior do país

    O radialista também destaca que experiências como o programa reforçam ainda mais o caráter comunitário e de cidadania da rádio que conta com 25 anos de atuação na região e 10 deles já com a outorga de rádio comunitária.

    “Isso é bom porque ainda hoje nós encontramos pessoas que não valorizam a rádio comunitária. Elas veem a rádio comunitária como rádio pirata. As rádios comunitárias, principalmente as outorgadas, como é o caso da Bicuda, pelo serviço que prestam à sociedade não podem mais ser vistas como rádio pequenas ou de pouca importância”, protestou à Pulsar.

    Ainda sobre o trabalho desenvolvido pela Bicuda no subúrbio do Rio, Evandro lembra de pelo menos seis profissionais que foram formados pela emissora e hoje atuam em veículos comerciais de comunicação da capital. Segundo ele, hoje, a própria Margarete não só apresenta a “Hora da Escola”, como produz o programa e opera a mesa de som da rádio.

    Leia mais: “Não dá para falar de inclusão digital sem falar de inclusão social”, diz pesquisador

    De acordo com Gomes, a relação entre escola, rádio e comunidade tem se afinado tanto que atualmente além da “Hora da Escola” a emissora conta também com o programa “Sala dos Professores”, em que profissionais da educação são convidados a discutir temas ligados à pratica do ensino, e programa musicais de MPB e rock produzidos e apresentados por professores da E.M. Irmã Zélia.

    Projetos

    Segundo Margarete Sousa, a parceria entre a escola e rádio segue firme para 2022. A diretora adianta que para o próximo ano, além de “dar uma repaginada” no programa, pretende “trazer a rádio para dentro da escola”.

    “Nós já temos um aluno aprendendo e pretendemos multiplicar esse conhecimento com os colegas para que o ambiente de rádio não seja aquela coisa tão distante deles e eles saibam que qualquer um deles pode se tornar um profissional da área.  Essa geração tem acesso à informação com muito mais facilidade que muitos adultos, eles têm muito para falar pra gente”, defendeu a professora à Pulsar.

    Leia mais: Democratização da Comunicação: Democracia ou bárbarie!

    Além das edições diárias de 8h às 9h na Rádio Bicuda FM 98.7, as gravações do programa “Hora da Escola” ficam disponíveis no canal da Bicuda FM no Youtube.

    Edição: Jaqueline Deister

    comunicação educação rádio comunitária rio de janeiro
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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    1 comentário

    1. Miramar Pereira em dezembro 24, 2021 21:43

      Super legal isso aí. As Rádios Comunitária precisam ser vistas com mais seriedade. Elas fazem seu papel com brandura e responsabilidade.

      Responder

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