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    Direitos Humanos

    Pesquisa retrata o impacto da pandemia de Covid-19 em organizações lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil

    De acordo com o estudo, organizações do Norte e Nordeste do país têm mais dificuldade para acessar recursos filantrópicos
    dezembro 10, 2021Nenhum comentário5 min para ler
    Maioria das organizações ou dos grupos de ativistas analisados na pesquisa não são formalizados (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

    O Fundo ELAS+ lança, nesta sexta-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, a publicação “Ativismo e Pandemia no Brasil”, que traz a síntese de uma pesquisa realizada pela organização sobre o impacto da pandemia de Covid-19 em organizações da sociedade civil lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil.

    O estudo apresenta um retrato de como 953 grupos e organizações de mulheres de todas as regiões do país enfrentaram o impacto da pandemia em suas comunidades e organizações e que soluções encontraram. Com isso, segundo o ELAS+, a publicação permite ao público conhecer melhor os campos do ativismo de mulheres e LBTIs e da filantropia no Brasil.

    O evento de lançamento será realizado de forma virtual das 19h às 21h e contará com a participação de pesquisadoras, especialistas em filantropia, institutos e lideranças de grupos que contribuíram com o estudo.

    Leia também: “Vivemos hoje o pior momento da Política de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos no Brasil”, diz ativista e pesquisadora

    Entre as presenças confirmadas estão as coordenadoras da publicação, Angela Donini e Iracema Souza; a diretora de programas do Instituto Ibirapitanga, Iara Rolnik; a diretora executiva do Instituto Humanize e conselheira do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Georgia Pessoa e o superintendente executivo do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

    Também participarão do evento representantes do Geledés Instituto da Mulher Negra, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras e do Coletivo Sapato Preto. A abertura será por conta das ativistas feministas e coordenadoras do ELAS+ Amalia Fischer e K.K. Verdade.

    O encontro será transmitido simultaneamente nos canais oficiais do ELAS+ no Youtube e Facebook.

    Pesquisa

    De acordo com o Fundo ELAS+, a pesquisa “Impacto da pandemia de Covid-19 em organizações da sociedade civil lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil” constata a “capacidade de transformação, de adaptação e de inovação” das organizações lideradas por mulheres no país. Conforme aponta o estudo:

    “Com pouco ou nenhum recurso, [as organizações lideradas por mulheres] promoveram impactos positivos em seus territórios e localidades. Elas estão resistindo a todos os desafios e precisam de mais apoio”.

    Ainda segundo a publicação, para superar as consequências da pandemia da Covid-19, “as organizações e os grupos foram proativos, atuaram na linha de frente, facilitaram a interlocução entre comunidade e Estado; ampliaram e fortaleceram redes; proporcionaram acolhimento e acompanhamento; executaram ações para a equidade digital; e reinventaram seus ativismos”.

    Leia também: “Fui vítima de ameaças via telefone, numa época em que você não tinha rede social para mandar seu SOS”, conta Mara Régia

    A partir dos relatos das lideranças ativistas, o estudo reúne dados sobre trabalhadoras domésticas, profissionais do sexo, mulheres negras, empreendedoras sociais, mulheres com deficiência, jovens, mulheres do campo, quilombolas, indígenas e ativistas da arte e da cultura. Entre as temáticas trabalhadas pelas ativistas que compõem a pesquisa estão o enfrentamento do racismo, justiça climática e desenvolvimento sustentável, fim da violência, desigualdade digital e tecnológica, participação política das mulheres, direitos LGBTI+, direito à terra, justiça reprodutiva, direito à cidade e à mobilidade, entre outras.

    Dados

    Dentre os resultados alcançados pela pesquisa, chama atenção a constatação de que a maioria (56%) das organizações ou dos grupos de ativistas analisados não são formalizados. O que, segundo o ELAS+, “exige novos formatos e novas modalidades de investimento, assim como ações de flexibilização de recursos” para garantir a continuidade do trabalho desenvolvido por tais grupos.

    Outro dado importante diz respeito à capacidade de “autofinanciamento” das organizações analisadas. As fontes de recursos mais citadas na pesquisa foram: trabalho voluntário (62,4%), doações individuais (53,4%), realização de eventos (49%) e vendas (36,6%).

    Leia também: Por que é preciso lutar pela visibilidade lésbica no Brasil?

    De acordo com a publicação, embora o autofinanciamento demonstre a importância do investimento das próprias ativistas na construção de uma sociedade justa e sustentável, por outro lado, ele “não é suficiente para manter as organizações e grupos” e pode, inclusive, “contribuir para a precarização do trabalho ativista”.

    Ainda neste sentido, a pesquisa também aponta que as organizações têm pouco acesso ao “ecossistema filantrópico” e “esbarram na desigualdade de acesso aos recursos, principalmente no Norte, onde está a Amazônia, e no nordeste do país”.

    “Pobreza digital”

    A pobreza digital na qual estão inseridas as organizações lideradas por mulheres, principalmente negras, indígenas e jovens, também é evidenciada nos depoimentos colhidos pela pesquisa. Conforme o texto da publicação:

    “É urgente que o ‘ecossistema da filantropia para justiça social’ direcione investimento para ampliar o acesso à tecnologia e à equidade digital”.

    O estudo ainda salienta que “as organizações não formais lideradas por indígenas, negras, quilombolas, ribeirinhas, estão na linha de frente e precisam de investimento para fortalecimento institucional, em infraestrutura e em equipes”.

    A pesquisa “Impacto da pandemia de Covid-19 em organizações da sociedade civil lideradas por mulheres e pessoas trans no Brasil” foi produzida a partir de informações fornecidas por grupos e organizações de mulheres e LBTI inscritos no edital online “Mulheres em Movimento 2020: fortalecendo a solidariedade e a confiança”. Os dados utilizados no estudo foram coletados entre os meses de julho e agosto de 2020.

    Edição: Jaqueline Deister

    direitos humanos LGBTQ+ mulheres organizações sociais
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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