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    Gênero

    Polícia investiga outros possíveis casos de estupro cometidos por anestesista preso no RJ

    De acordo com levantamento, em sete anos foram registrados 177 casos de estupros em unidades de saúde do Rio, o que corresponde, em média, a um crime a cada duas semanas
    julho 12, 2022Nenhum comentário5 min para ler
    Giovanni ao receber voz de prisão da delegada Bárbara Lomba dentro do hospital (Foto: Reprodução)

    Redação

    A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro investiga a possibilidade de mais cinco casos de estupro cometidos pelo médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, além do constatado no último domingo (10).

    Giovanni foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (11) após ser filmado abusando de uma gestante inconsciente durante o trabalho de parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.

    Leia mais: Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios

    De acordo com a polícia, o anestesista é investigado por outros dois casos referentes ao dia 10 de julho, justamente os dois partos de que participou antes de ser flagrado praticando o estupro. Conforme depoimentos de testemunhas, nas duas situações ele teria apresentado comportamento suspeito semelhante ao que foi gravado posteriormente pela equipe de enfermagem.

    Além disso, outras três vítimas teriam procurado a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) nesta terça-feira (12) após a repercussão do caso. Uma delas teria passado por uma cesariana há um mês no Hospital da Mãe, no município de Mesquita, onde o anestesista também trabalhou.

    Segundo a delegada Bárbara Lomba, existe a suspeita de que o médico aplicava doses excessivas de sedativo nas vítimas. Os depoimentos de testemunhas indicam que, durante as referidas cirurgias, Giovanni procurava obstruir a visão dos demais membros da equipe médica com um capote (avental médico descartável). Uma das testemunhas teria dito, inclusive, que em uma das ocasiões, teria visto o anestesista próximo da cabeça de uma das pacientes com o pênis rígido e ereto, por baixo da roupa. As informações são do Portal G1.

    Formado em Medicina no ano de 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), Giovanni concluiu a especialização em anestesia em março deste ano e vinha trabalhando em cerca de 10 unidades de saúde, tanto da rede pública quanto da privada. Sobre a atuação em unidades públicas de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio explicou que o médico não é servidor do estado e prestava serviço como pessoa jurídica para o Hospital da Mulher Heloneida Studart e o Hospital da Mãe, ambos na Baixada Fluminense, e o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, zona norte da capital.

    Prisão

    Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável e pode ter pena de 8 a 15 anos de reclusão. Nesta terça, a Justiça converteu em preventiva a prisão em flagrante e o anestesista, que aguardava a decisão no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, foi levado para Bangu 8.

    Leia mais: Após exposição indevida, atriz Klara Castanho revela ter sido estuprada

    Ainda na segunda-feira, a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde emitiram uma nota em que repudiam a conduta do anestesista e informam que tem garantido assistência à família da vítima. Também na segunda-feira, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) disse que abriu um processo para suspensão e cassação do exercício profissional do médico.

    Na mesma linha, a Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), declarou que está atuando “no sentido de banir da saúde e da sociedade esse monstro covarde e violento” e que uma reunião extraordinária será marcada pelos deputados para debater o assunto.

    Nesta terça-feira, os advogados de Giovanni Quintella Bezerra afirmaram que não vão mais trabalhar na defesa do médico anestesista. Em nota, o Escritório Novais Advogados Associados informou que “não possui interesse na contratação dos serviços do caso do médico anestesista, desejando sorte na defesa com seu futuro patrono”.

    Abusos

    De acordo com levantamento do jornal O Globo, entre 2015 e 2021 foram computados 177 casos de estupro em “hospital, clínicas ou similares” do estado do Rio. Em média, isso corresponderia à ocorrência de um abuso nas unidades de saúde a cada duas semanas ao longo desses sete anos. Os números são do Instituto de Segurança Pública (ISP) e foram obtidos via Lei de Acesso à Informação.

    A maioria dos crimes foi registrada na capital, com um total de 80 casos (45,2% do total). Em seguida vem Niterói, na Região Metropolitana, com 18 casos, e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com 12. São João de Meriti, onde Giovanni Quintella Bezerra foi preso, ocupa a quinta posição na lista, empatado com São Gonçalo, município da Região Metropolitana.

    Leia mais: Senado aprova projeto de lei que proíbe uso da tese de “legítima defesa da honra” em casos de feminicídios

    Segundo o levantamento, pouco mais da metade das ocorrências compiladas pelo ISP dizem respeito a estupros de vulnerável, crime pelo qual o anestesista foi autuado em flagrante. A definição vale tanto para vítimas menores de 14 anos, independentemente de eventual anuência, quanto para alvos considerados incapazes de se defender — por problemas de saúde ou sob influência de substâncias como álcool, drogas ou sedativos.

    Ainda segundo os números do ISP, 86% das pessoas estupradas em ambientes hospitalares são mulheres, com 147 ocorrências.

    *Com informações do Brasil de Fato, G1 e O Globo

    estupro gestante hospital rio de janeiro violência contra mulher
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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