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    Comunicação

    Prêmio Vladimir Herzog homenageia trabalhadores da EBC pela “resistência na defesa da comunicação pública”

    “Para nós, esse prêmio é quase que um abraço, um acalanto diante de tudo o que a gente tem passado”, afirma jornalista licenciada da empresa
    agosto 25, 2022Nenhum comentário5 min para ler
    Prêmio tem como objetivo reconhecer, ano a ano, trabalhos que defendem e valorizam a democracia e os direitos humanos (Arte: divulgação)

    A luta dos trabalhadores e trabalhadoras da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) em defesa da comunicação pública no país será homenageada por uma das mais significativas distinções jornalísticas do país.

    Em caráter excepcional, a 44ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos (PVH) dedicará o “Prêmio Especial Vladimir Herzog de Contribuição ao Jornalismo” aos trabalhadores da estatal “pela resistência na defesa da comunicação pública”. Segundo os organizadores da premiação, trata-se de uma homenagem “aos profissionais que fazem e defendem a comunicação pública no Brasil”.

    Para Juliana Cézar Nunes, coordenadora-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e jornalista licenciada da EBC, o reconhecimento do prêmio reforça, para os próprios comunicadores da empresa, a confiança de que estão “caminhado no lado certo da história”.

    “Para nós, esse prêmio é quase que um abraço, um acalanto diante de tudo o que a gente tem passado. É como se nos ajudasse a perceber ainda mais que a gente tem caminhado no lado certo da história, que é o lado que denuncia, é o lado que resiste e é o lado que se contrapõe a tantas arbitrariedades que vem sendo cometidas por esse governo”, comentou à Pulsar.

    Leia mais: Rádio Nacional será tombada como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Rio

    Juliana lembra que desde o governo de Michel Temer (MDB) a EBC tem sofrido uma série de ataques e desmontes que vão desde a cassação do Conselho Curador da empresa, ainda em 2016, até tentativas de privatização, censura de pautas, perseguições a jornalistas e aparelhamento para fins eleitorais durante a gestão do governo Bolsonaro. Em março deste ano, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região condenou a EBC em R$ 200 mil por assédio moral coletivo a seus trabalhadores.

    “Nós chegamos a ter 20% dos colegas afastados por problemas de saúde mental decorrentes desse ambiente altamente insalubre de trabalho. São colegas que fizeram o debate nas redações para que houvesse a cobertura das pautas relacionadas à população negra e indígena, para que houvesse uma cobertura da pandemia que priorizasse a saúde pública e o interesse público, que não abrisse espaço para o negacionismo, para que a comunicação pública pudesse ser esse espaço onde a população pudesse encontrar as orientações para passar um período tão difícil como foi esse período da pandemia”, relatou.

    Leia mais: Ouvidoria Cidadã da EBC lança relatório com análises e denúncias sobre conteúdos veiculados pela empresa em 2021

    Para além do reconhecimento da luta dos trabalhadores da EBC, Juliana ressalta que o prêmio também serve como alerta para a sociedade e futuros governantes sobre a importância que precisa ser dada para a comunicação pública nos próximos anos. Como exemplos dos desafios para a “reconstrução da EBC” nos próximos anos, a jornalista cita: a reativação da Rádio Nacional da Amazônia, o restabelecimento do diálogo com as rádios comunitárias, a abertura da empresa para produções além do eixo Rio-São Paulo e a retomada da cobertura da pauta sobre a América Latina.

    “A comunicação pública está prevista na nossa Constituição e é preciso que a gente entenda esse outro sistema de comunicação, que não é nem privado, nem estatal, nem legislativo, mas sim da população brasileira. Tem que ter uma gestão participativa, um conselho curador e tem que estar atento aos interesses da sociedade como um todo. Ela precisa do investimento público, mas como uma escola pública, um hospital público, ela precisa ter autonomia e independência para que possa cumprir sua missão que é informar devidamente a população brasileira”, concluiu.

    Premiação

    Criado em 1979, quatro anos após a tortura e assassinato do jornalista Vladimir Herzog por agentes da ditadura militar, o PVH tem como objetivo reconhecer, ano a ano, trabalhos que defendem e valorizam a democracia e os direitos humanos. O prêmio tem abrangência nacional e é dividido em sete categorias: produção jornalística em texto; produção jornalística em áudio; produção jornalística em vídeo; produção jornalística em multimídia; fotografia; arte; e livro-reportagem.

    Leia mais: Inquérito aberto pelo TSE investigará uso político da EBC por Bolsonaro

    Em 2022, além dos trabalhadores da EBC, o PVH também homenageará as jornalistas Kátia Brasil e Elaíze Farias, criadoras do Portal Amazônia, e o médico infectologista Dráuzio Varella. Os três receberão o troféu símbolo do Prêmio – a meia lua recortada com a silhueta de Vlado Herzog, uma criação do jornalista, artista plástico e designer Elifas Andreato, falecido em março deste ano.

    O repórter britânico Dom Phillips será homenageado in memoriam por sua trajetória marcante no jornalismo em defesa do meio ambiente, na preservação da floresta amazônica e de seus povos. Segundo os organizadores do Prêmio: “Honrar a vida profissional e pessoal de Dom passou a ser compromisso público dos que atuam com Direitos Humanos”.

    A sessão pública de julgamento e divulgação dos vencedores das sete categorias do PVH será realizada no dia 13 de outubro, com transmissão ao vivo. A solenidade de premiação ocorrerá no dia 25 do mesmo mês, no teatro Tucarena, em São Paulo.

    Confira a lista completa dos trabalhos premiados em edições passadas.

    Edição: Jaqueline Deister

    comunicação comunicação pública direitos humanos ebc jornalismo reconhecimento Vladimir Herzog
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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