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    Comunicação

    Programas religiosos e lideranças cristãs reforçam redes de desinformação durante pandemia no Brasil

    maio 1, 2021Atualização:maio 2, 2021Nenhum comentário4 min para ler
    Segundo pesquisa, abertura de templos, tratamento precoce e combate à “cristofobia” seriam algumas das pautas veiculados por setores dominantes da mídia religiosa no país (Foto: Pixabay)

    Desde que se instalou no Brasil, em fevereiro de 2020, a pandemia de Covid-19 e suas consequências sociais têm ocupado o centro do debate público brasileiro. Isolamento social, medidas restritivas, fechamento de comércio, vacina, auxílio emergencial e tratamento precoce são apenas alguns dos temas que têm dividido opiniões e mobilizado uma série de pessoas e grupos em todo país. Além de cientistas, profissionais da saúde, políticos e jornalistas, um outro setor fortemente ligado à formação da opinião pública no Brasil tem se destacado nesse contexto: as mídias e programas de igrejas e lideranças religiosas, sobretudo as cristãs (evangélicas e católicas).

    Segundo Olívia Bandeira, pesquisadora de Antropologia da Religião e coordenadora de formação e pesquisa do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, os debates sobre a pandemia que mais mobilizaram as mídias religiosas foram os que afetavam diretamente o funcionamento das igrejas. Isto é, os relacionados à necessidade de fechamento de templos e à discussão se as igrejas seriam ou não serviços essenciais.

    De acordo com a pesquisa “Igrejas cristãs: mídia religiosa e o gerenciamento da Covid-19 no Brasil” realizada pelo Intervozes ao longo da pandemia, na maioria das mídias analisadas houve a defesa da manutenção dos templos abertos. Os argumentos principais seriam dois: o de que as igrejas prestariam um serviço essencial de assistência espiritual em época de doença; e o de que a atuação das igrejas seria essencial para prestar assistência às pessoas desempregadas e famílias.

    Leia mais: Democracia violada: A reconstrução da censura no “Brasil profundo”

    Sobre este último argumento, Olívia atenta para o fato de que nenhuma das mídias analisadas cobrou do Governo Federal outras formas de assistência, como o auxílio emergencial, por exemplo. “Ao contrário, muitos veículos e redes sociais de lideranças defendem o fim do lockdown para salvar a economia e ao mesmo tempo incentivam os fiéis para fazer doações para contribuir com as ações de assistência social das próprias igrejas”, destaca.

    Sobre a discussão do fechamento dos templos, vale lembrar que a Associação de Juristas Evangélicos chegou a mover uma ação na Justiça sob o argumento de que estaria havendo um desrespeito à liberdade religiosa. Embora o processo não tenha avançado, porque, de fato, os cultos não foram impedidos e seguem acontecendo no formato virtual, tal ação, na opinião da integrante do Intervozes, gera um debate problemático pois dissemina uma ideia que tem sido propagada por determinadas lideranças cristãs e pelo próprio Governo de que existiria uma “cristofobia” no Brasil, isto é, uma uma perseguição aos cristãos no país.

    Leia mais: Projetos de lei que beneficiam rádios comunitárias durante a pandemia aguardam quase um ano de tramitação na Câmara dos Deputados 

    O alinhamento às orientações do Governo Federal se repete quando os assuntos são tratamento precoce e vacina. De acordo com a pesquisa, além de defender o tratamento precoce, as mídias religiosas, da mesma forma que o Palácio do Planalto, questionaram a vacina em um primeiro momento, levantando suspeitas sobre a eficácia e em relação à origem dos medicamentos. Só com o passar do tempo que uma parte das mídias passou a reconhecer a vacina como importante.

    Ainda sobre as vacinas, foi observado que, na contramão de boa parte dos veículos de comunicação do país, na maioria das mídias e redes sociais de lideranças religiosas analisadas não houve responsabilização do Presidente da República e seus ministros pela demora das vacinas. Pelo contrário, em alguns casos foi notada a reprodução da falsa alegação apresentada pelo Governo Federal de que o Supremo Tribunal Federal (STF) teria impedido o Governo de realizar mais ações em relação à vacina.

    “A gente percebe que grande parte da cobertura da mídia religiosa e das redes sociais de lideranças religiosas cristãs têm reforçado o que a gente está chamando de uma teia da desinformação em relação à pandemia. Algo que contribui para a desordem informativa e, consequentemente, pode dificultar a contenção da pandemia”, avalia a pesquisadora que faz questão de ressaltar que embora boa parte das mídias analisadas estejam alinhadas às políticas do Governo Federal, é preciso sempre lembrar que o campo religioso cristão brasileiro é diverso.

     

     

    midia poder politica religião
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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