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    Cultura

    Rebeca Andrade e o “Baile de Favela”: a vitória do Brasil que insiste em viver

    Criada na periferia de São Paulo, ginasta encanta o mundo e se classifica para as finais embalada pela cultura do funk
    julho 26, 2021Atualização:julho 28, 2021Nenhum comentário5 min para ler
    As apresentações de Rebeca em Tóquio renderam a classificação para as finais do solo, do salto e do individual geral (Foto: Reprodução/Instagram)

    No último domingo, dia 25 de julho, quando é celebrado o Dia Nacional de Tereza de Benguela e o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, a atleta brasileira Rebeca Andrade deu um verdadeiro “Baile de Favela” no Centro de Ginástica de Ariake e se classificou para três finais da ginástica artística nas Olimpíadas de Tóquio.

    Criada com mais seis irmãos no bairro Vila Fátima, em Guarulhos (SP), na região metropolitana de São Paulo, a jovem de 22 anos escolheu o sucesso de MC João – funkeiro da Jova Rural, Zona Norte de São Paulo – para a apresentação no solo. O espetáculo não só garantiu a vaga na final, como conquistou milhões de torcedores em todo o mundo ao representar a força e a beleza de um Brasil que insiste em sonhar apesar das adversidades.

    As apresentações de Rebeca em Tóquio renderam a classificação para as finais do solo, do salto e do individual geral, onde ficou atrás apenas da atleta estadunidense Simone Biles, quatro vezes medalhista de ouro nas últimas Olimpíadas e considerada a favorita da competição. Independente do pódio nas finais, a participação nos jogos do Japão já pode ser considerada o ponto alto de uma trajetória marcada por superação e resistência.

    Linha do tempo

    A filha de Rosa Santos foi criada em uma pequena moradia nos fundos de um sobrado em Guarulhos e contava com a ajuda do irmão mais velho para levá-la de bicicleta para os treinos, pois a mãe saía de casa ainda de madrugada para trabalhar como empregada doméstica. Em 2012, com apenas 13 anos, logo na estreia como profissional, Rebeca conquistou o Troféu Brasil de Ginástica Artística. Três anos depois, em 2015, a atleta do Flamengo conquistou o bronze nas finais das paralelas assimétricas na Copa do Mundo de Ginástica. No mesmo ano, ela teve que passar pela primeira cirurgia no joelho. Fato que quase a fez desistir da carreira. Contudo, em maio de 2017 Rebeca conquistou sua primeira medalha de ouro em competições adultas ao se consagrar como campeã do salto sobre a mesa na Copa do Mundo de Koper, na Eslovênia.

    De lá para cá, a ginasta precisou passar por mais duas cirurgias no joelho, a última em 2019. Inclusive existia o risco de que Rebeca não se recuparesse a tempo caso as Olimpíadas não tivessem sido adiadas para 2021. O adiamento por conta da pandemia de Covid-19 acabou beneficiando a ginasta, pois deu tempo para que se recuperasse, conquistasse a vaga individual em junho – visto que o Brasil não conseguiu a classificação por equipes – e chegasse ao Japão em plena forma.

    Em 2016, quando também foi finalista do individual geral na Rio 2016, Rebeca se apresentou no solo ao ritmo de Beyoncé, uma de suas ídolas musicais. Já em 2021, resolveu apostar no funk, gênero musical que a acompanha desde a infância e adolescência na região metropolitana de São Paulo.

    “Fiquei feliz com a minha série. Posso melhorar algumas chegadas, mas trazer a cultura do funk para o outro lado do mundo foi incrível. No Pan (de Lima, em 2019), vi o tanto de gente que me assistia e torcia para mim. Acho que a gente está passando um momento tão difícil que um pinguinho de felicidade faz diferença”, disse após a apresentação.

    “Baile de Favela”

    Ao ver seu hit tocado em plenos jogos olímpicos, João Israel Simeão, o MC João, agradeceu a ginasta e brincou: “A Rebeca Andrade é Baile de Favela”.

    Assim como Rebeca, João também foi criado na periferia paulistana e traz consigo uma história de luta e resistência até chegar ao sucesso com o funk. Antes de “Baile de Favela” estourar, em 2015, João precisou trabalhar anos como pedreiro e office boy para sustentar a mãe e duas irmãs. O pai do cantor faleceu quando ele tinha 17 anos.

    Com o sucesso da música – que chegou a tocar em festas nas ruas dos EUA em comemoração pela derrota de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais do país – o cantor comprou uma casa para ele, outra para a mãe e fundou, em março deste ano, o escritório “Baile de Favela Records”. A despeito de todo preconceito contra o funk, o MC acumula hoje 1,1 milhão de seguidores no Instagram e o clipe oficial de “Baile de Favela” no YouTube conta com mais de 230 milhões de visualizações.

    Em seu perfil nas redes sociais, o funkeiro compartilhou o vídeo da apresentaçao de Rebeca com a legenda: “Parabéns pela conquista @rebecarandrade vc vem ostentando superação e hoje fez um baile de favela em tokio”.

    Finais

    A primeira final de Rebeca será na quinta-feira (29), às 07h50 (horário de Brasília), no individual geral. A disputa do salto será realizada no próximo domingo (1º) e as finais do solo ficarão para a segunda-feira (2).

    Edição: Jaqueline Deister

    cultura esporte funk ginástica olimpíadas
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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