A Rede de Mulheres da Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc Brasil) lançou na última segunda-feira (4) um manifesto em defesa da democracia, contra qualquer tipo de retrocesso na política de direitos e em repúdio aos ataques de ódio sofridos pela presidenta Dilma Rousseff.
A carta foi lançada após a Assembleia Geral da Amarc Brasil que ocorreu em Campinas, no interior do estado de São Paulo, entre os dias primeiro e três de abril. Durante o encontro, a Rede realizou uma oficina em que abordou temas como o machismo na sociedade brasileira, o assédio sexual e moral e a misoginia que a cada dia ganha mais espaço na mídia.
Em entrevista à Agência Informativa Pulsar Brasil, a atual representante da Rede de Mulheres, Ligia Apel, ressalta que o manifesto foi uma forma da Rede mostrar a indignação e o inconformismo com a ameaça real à democracia conquistada constitucionalmente. Ligia afirma que a Rede reconhece os avanços sociais trazidos pelos últimos 14 anos do governo petista, mas que muitas pessoas seguem tendo os seus direitos básicos violados diariamente no interior do país.
O manifesto ressalta também a importância da garantia da comunicação como um direito humano para fortalecer a democracia. De acordo com a representante, o poder político fez muito pouco pela comunicação comunitária e não foi capaz de regular a mídia e valorizar a pluralidade de olhares sobre a realidade.
O documento lançado pela Rede de Mulheres da Amarc Brasil está disponível no site da Associação Mundial de Rádios Comunitárias. (pulsar)