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    Relatório internacional sugere tributação urgente de bilionários para a redução mundial da desigualdade

    De acordo com estudo, a pandemia de Covid-19 foi “um dos melhores momentos da história para a classe bilionária” e impulsionou “o maior aumento sistêmico da desigualdade de renda já visto”
    maio 24, 2022Nenhum comentário5 min para ler
    Estudo revela que a riqueza dos 10 homens mais ricos supera as economias dos 40% mais pobres juntos (Foto: Pixabay)

    Enquanto mais de 250 milhões de pessoas em todo o mundo correm o risco de cair na extrema pobreza por conta das consequências da pandemia de Covid-19 e dos sucessivos aumentos do custo de vida, a riqueza dos bilionários teve alta recorde nos últimos dois anos. A constatação é do relatório “Lucrando com a dor”, produzido pela Oxfam International e apresentado na última segunda-feira (23), primeiro dia do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. O evento é reconhecido por reunir os principais líderes empresariais do mundo.

    De acordo com o documento, a pandemia – que levou tristeza e problemas para a maior parte da humanidade – “foi um dos melhores momentos história para a classe bilionária” e, consequentemente, fez com que a desigualdade, “já extrema antes da Covid-19”, atingisse novos patamares.

    Leia também: Pesquisa revela “desmonte generalizado de políticas sociais” promovido pelo governo Bolsonaro

    Diante deste cenário, e com atuação em mais de 90 países na busca de soluções para os problemas da pobreza, desigualdade e injustiça social, a Oxfam recomenda a aplicação de impostos sobre riquezas extraordinárias como principal medida para a diminuição da desigualdade e melhoria das condições dignas de vida da maior parte da população mundial.

    “Governos têm de implantar com urgência medidas tributárias altamente progressivas que, por sua vez, devem ser usadas para investir em medidas poderosas e comprovadas para reduzir desigualdades”, diz o relatório.

    Segundo o documento, uma tributação única de 99% sobre os lucros obtidos pelos 10 homens mais ricos do mundo apenas durante a pandemia poderia custear, por exemplo, a produção de vacinas suficientes para o mundo inteiro, além de preencher lacunas de financiamento em educação, saúde e proteção social e ajudar a combater a violência de gênero em mais de 80 países.

    Lucrando com a dor

    De acordo com a pesquisa, existem, hoje, 2.668 bilionários no mundo, 573 a mais do que em 2020, quando a pandemia começou. O estudo também revela que, nos dois últimos anos, a fortuna dos super ricos aumentou o equivalente a 23 anos e, hoje, a riqueza dos 10 homens mais ricos supera as economias dos 40% mais pobres juntos.

    De acordo com a Oxfam, a pandemia de Covid-19 e suas consequências já impulsiona “o maior aumento sistêmico da desigualdade de renda já visto”. Enquanto a renda de 99% da humanidade caiu com os mais de 125 milhões de empregos perdidos em todo mundo, bilionários dos setores alimentício e de energia, por exemplo, viram suas fortunas aumentarem em um bilhão de dólares a cada dois dias durante o período pandêmico.

    Leia também: Em meio a incertezas, Governo Federal publica decreto que regulamenta o Auxílio Brasil

    O preço dos alimentos, inclusive, teve a maior alta desde o início dos registros pelas Nações Unidas (ONU), em 1990, com taxas de mais de 33%. Empresas transnacionais do setor como a gigante do agronegócio, Cargill, e a rede de supermercados Wallmart viram sua riqueza coletiva aumentar em US$ 382 bilhões (45%) nos últimos dois anos.

    Entre os setores econômicos que mais lucraram com a pandemia, a análise da Oxfam também destaca os ramos farmacêutico, de energia e tecnologia. No campo da saúde, por exemplo, empresas como a Moderna, Pfizer e outras responsáveis pela produção de vacinas, tratamentos, testes e equipamentos de proteção individual se beneficiaram de financiamentos públicos em diversos países para obter lucros de mais de US$ 12 bilhões.

    No caso das petrolíferas, a margem de lucro chegou a dobrar durante a pandemia. Segundo o relatório, o preço da energia teve o maior aumento desde 1973, com elevações do preço de atacado do petróleo de 53% em 2021 e o do gás natural em 148%. O estudo revela que cinco das maiores empresas internacionais de energia (BP, Shell, TotalEnergies, Exxon e Chevron) obtiveram um lucro combinado de US$ 82 bilhões no ano passado – o que corresponde a um lucro de US$ 2.600 por segundo.

    Em relação ao setor de tecnologia, a situação é ainda mais grave. De acordo com a pesquisa, as gigantes da tecnologia, Apple, Microsoft, Tesla 119, Amazon e Alphabet estão entre as 21 maiores entidades econômicas do mundo e registraram um aumento de aumento de 94% dos lucros só no último ano, o que equivale a aproximadamente a US$ 131 bilhões. Para explicar a dimensão da desigualdade, o relatório cita que Elon Musk, dono da Tesla 119 e também o homem mais rico do mundo, poderia perder até 99% de sua fortuna que ainda estaria entre os 0,0001% dos mais ricos do mundo.

    Tributação

    A Oxfam conclui, portanto, que “a ação mais urgente e estrutural que governos devem tomar agora é implantar medidas tributárias altamente progressivas que, por sua vez, devem ser usadas para investir em medidas poderosas e comprovadas que reduzam a desigualdade, como proteção social universal e saúde universal”.

    Leia também: Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Segundo a organização, um imposto patrimonial líquido de apenas 2% sobre fortunas pessoais acima de US$ 5 milhões, subindo para 3% para fortunas acima de US$ 50 milhões e 5% para as acima de US$ 1 bilhão, poderia gerar US$ 2,52 trilhões em todo o mundo. A quantia, conforme calcula a ONG, seria suficiente para tirar 2,3 bilhões de pessoas da pobreza, produzir vacinas suficientes contra a Covid-19 para o mundo e oferecer saúde universal e proteção social para 3,6 bilhões de pessoas que vivem em países de baixa e média renda.

    “A história nos mostra – assim como as ações atuais de alguns governos – que a redução da desigualdade não é só possível, mas também alcançável. A pandemia nos mostrou que seguir as políticas manipuladas de ontem é uma receita que resulta em mais catástrofes. Ninguém deve viver na pobreza; ninguém deveria viver com tamanha riqueza bilionária inimaginável; a desigualdade não deve mais matar. A única saída para esta crise é mais igualdade”, conclui o estudo.

    Edição: Jaqueline Deister

    covid desigualdade social pobreza
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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