Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Repente é reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro
    Cultura

    Repente é reconhecido pelo Iphan como Patrimônio Cultural Brasileiro

    Com a inclusão no Livro de Registro das Formas de Expressão do Iphan, manifestação passa a ser alvo de políticas públicas de salvaguarda do patrimônio cultural
    novembro 12, 2021Nenhum comentário4 min para ler
    Segundo o Iphan, os primeiros registros da prática do Repente datam de meados do século XIX, nos estados de Pernambuco e Paraíba (Foto: Acervo Iphan)

    Nascido na região Nordeste e espalhado por milhares de cantadores e cantadoras em todo país, o Repente foi reconhecido na última quinta-feira (11) pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como patrimônio cultural do Brasil.

    A manifestação, também conhecida como Cantoria, foi inscrita no Livro de Registro das Formas de Expressão, onde também estão registrados bens culturais como a Roda de Capoeira, o Maracatu Nação (PE), o Carimbó (PA) e a Literatura de Cordel. O registro do Repente foi aprovado por unanimidade pelos 22 membros do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, órgão vinculado ao Iphan.

    Com o registro, o Repente e todo o universo de bens culturais associados, como a “embolada”, o “aboio”, a “glosa”, a “poesia de bancada” e a “declamação”, passam a ser alvos de políticas públicas para a salvaguarda da manifestação.

    Leia também: “Meninas no Poder”: ONG de Pernambuco promove semana de atividades em comemoração ao Dia Internacional da Menina

    Para a presidenta do Iphan, Larissa Peixoto, o reconhecimento do repente como Patrimônio Cultural do Brasil deve ser comemorado tanto pela importância histórica da manifestação quanto pela beleza das rimas e versos que, hoje, fazem parte não só da identidade cultural nordestina, mas brasileira:

    “O Repente tem seu lar na região Nordeste e também noutras capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília para onde as migrações nordestinas legaram essa arte. É uma manifestação que se tornou uma das faces do Brasil”, explicou.

    Registro

    De acordo com o Iphan, o pedido de registro do Repente foi formalizado no ano de 2013 pela Associação dos Cantadores Repentistas e Escritores Populares do DF e Entorno. Desde então, a autarquia iniciou o processo de registro, que inclui a descrição detalhada da manifestação, reunião de documentação relacionada e registro audiovisual. O processo de pesquisa culminou no dossiê de registro, produzido pelo Iphan em parceria com o Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília (UNB).

    Leia também: O que está por trás do leilão do 5G no Brasil?

    Com mais de 200 contatos entre repentistas, associações e apologistas, o dossiê define: “Repente é poesia. Cantada e improvisada. Em linhas gerais, é um diálogo poético em que dois repentistas se alternam cantando estrofes criadas naquele instante ao passo em que se acompanham com toques de violas”.

    Segundo o Iphan, os primeiros registros da prática do Repente datam de meados do século XIX, nos estados de Pernambuco e Paraíba. A princípio, a maior parte dos repentistas tinha origem rural, vivendo no interior e cantando para plateias camponesas.

    Através de entrevistas com os próprios repentistas, o dossiê produzido pela autarquia explica que os fundamentos do Repente são métrica, rima e oração. A rima diz respeito à identidade do som no final dos versos. A métrica, por sua vez, se refere à técnica de improvisar e às características da linguagem da Cantoria: quantidade de versos, modalidade das estrofes e acento de cada verso. Já por oração compreende-se a coerência e a qualidade do conteúdo dos versos. Ao todo, mais de 50 modalidades de Repente foram documentadas no dossiê de registro.

    “Numa apresentação de Repente, a poesia flui em resposta aos estímulos e demandas dos ouvintes e às ideias e desafios que um poeta lança para o outro. As estrofes seguem regras bastante complexas e rígidas de rima, métrica e coerência temática, e, diante disso, fascinam pela naturalidade com que são feitas”, destaca o documento.

    Trio

    Após o reconhecimento da Literatura de Cordel, em 2018, e do Repente como patrimônios imateriais brasileiros, o próximo bem do amplo repertório cultural nordestino que será analisado pelo conselho consultivo vinculado ao Iphan é o Forró.

    Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI) do Iphan, Tassos Lycurgo, informou que a análise do pedido de registro do Forró será feita em dezembro. Para ele, o trio formado pela Literatura de Cordel, Repente e Forró tem grande importância para a cultura nacional pois é “caracterizador da identidade nordestina e, portanto, da brasileira também”.

    Edição: Jaqueline Deister

    cultura nordeste Repente
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    “Potência”: Dia da Favela é celebrado por milhares de brasileiros nesta sexta-feira (4)

    Acusação sem provas sobre rádios no Nordeste pode render processo de crime eleitoral à coligação de Bolsonaro

    Sueli Carneiro é homenageada com título de doutora Honoris Causa pela UnB

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    janeiro 26, 2023

    “Ainda há muitas perguntas sem respostas”, afirmam indígenas após indiciamento de mandante dos assassinatos de Dom e Bruno

    janeiro 25, 2023

    Atingidos por barragens protestam por reparação e justiça após quatro anos do crime da Vale em Brumadinho (MG)

    janeiro 24, 2023

    “Quem controla a mídia?”: Intervozes faz pré-lançamento de livro no Fórum Social Mundial 2023

    janeiro 23, 2023

    Governo Federal dá início a ações emergenciais de apoio aos povos Yanomami

    Mais lidos
    • “Quem controla a mídia?”: Intervozes faz pré-lançamento de livro no Fórum Social Mundial 2023
    • Violência contra a mulher: Brasil ocupa 5° lugar no ranking mundial de feminicídios
    • Inscrições abertas para mais de 280 canais de rádios comunitárias em todo Brasil
    • Governo Federal dá início a ações emergenciais de apoio aos povos Yanomami
    • Após repercussão, Polícia Federal investiga estupro e morte de menina indígena em Terra Yanomami
    Podcast
    junho 20, 20220

    Pulsar Brasil lança série de podcast sobre a participação de mulheres na política brasileira

    Educação
    maio 12, 20220

    Enem 2022: Inscrições abertas até o dia 21 de maio

    Geral
    abril 22, 20220

    Entenda o indulto concedido por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira

    Geral
    março 15, 20220

    Com nova alta de preços, custo da cesta básica consome 56% da renda de quem recebe um salário mínimo

    Gênero
    março 8, 20220

    8M: “Estamos fortalecidas e vamos, sim, mudar o mundo”, afirmam comunicadoras da Amarc

    Coberturas especiais
    fevereiro 11, 20220

    Dia Mundial do Rádio: Comunicadores comunitários falam sobre a importância do “avô das mídias” nos dias de hoje

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.