Nos dias 17 e 18 de setembro, movimentos sociais, governo, Ministério Público e especialistas se reúnem em Santarém, no Pará, para debater a mineração na região do rio Tapajós. O Seminário “Mineração na Região do Tapajós” pretende discutir os conflitos na região, que têm sido cada vez mais frequentes e já ganharam visibilidade internacional devido à brutalidade dos embates.
De acordo com Jane Silva, pesquisadora do Ibase (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas), um levantamento realizado pela organização identificou a presença de empresas mineradoras estrangeiras na região. A retomada do ouro no oeste paraense, agora não mais por garimpeiros, será tema de debate no seminário. Além disso, também foram convidadas populações atingidas pela exploração da bauxita.
Segundo Jane, na programação do seminário estão previstas mesas para discussão do Plano Estadual de Mineração, a mineração na região do Tapajós e na Amazônia, e ainda as resistências em defesa dos territórios das populações locais. A pesquisadora lembra que estarão presentes também representantes do povo indígena Munduruku, que atualmente se encontra ameaçado tanto pela mineração quanto pelas hidrelétricas previstas no rio Tapajós.
O evento, só para convidados, é uma realização do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), em parceria com a Pastoral Social da Diocese de Santarém, Fórum da Amazônia Oriental (Faor), Movimento Tapajós Vivo, Programa Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) e Fase Amazônia. (pulsar)