Levantamento parcial do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulgado na última segunda-feira (15) afirma que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) fechou mil 112 salas de aulas em 47 regiões de São Paulo no início do ano letivo de 2016. Ainda faltam informações de 46 regiões.
O sindicato acusa o Executivo estadual de realizar uma reorganização escolar disfarçada, já que o projeto original do governo Alckmin – que pretendia fechar pelo menos 94 escolas e transferir 311 mil estudantes – foi suspenso pela Justiça duas vezes, a última em janeiro.
De acordo com Maria Izabel, presidenta do sindicato, entre as principais consequências do fechamento de salas de aula está a superlotação. Além disso, ela acredita que desta maneira o governo se prepara para fechar escolas também e garantir a reorganização pretendida desde o início. Maria Izabel lembra que no mesmo período ano passado foram fechadas quase quatro mil salas de aula. O sindicato teme que o número se repita em 2016.
Como resposta ao projeto de reorganização, apresentado no ano passado, os alunos ocuparam escolas da rede estadual. No auge do movimento, os estudantes chegaram a ocupar 213 unidades escolares. Após 25 dias de intensa mobilização, o governador veio a público suspender o projeto e em seguida, o então secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, pediu demissão. (pulsar)