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    Gênero

    Sueli Carneiro é homenageada com título de doutora Honoris Causa pela UnB

    Símbolo do feminismo e do movimento negro no Brasil, filósofa se torna a primeira mulher negra a ser reconhecida com o título pela universidade
    setembro 23, 2022Nenhum comentário3 min para ler
    Sueli Carneiro é uma das fundadoras do Geledés – Instituto da Mulher Negra (Foto: Marcus Steinmayer/ Geledés)

    Redação

    Símbolo e referência de liderança do feminismo e do movimento negro brasileiro, a filósofa, escritora e ativista Sueli Carneiro recebeu, na última quarta-feira (21), o título de doutora Honoris Causa pela Universidade de Brasília (UnB). A homenagem ocorreu no auditório Esperança Garcia, da Faculdade de Direito da UnB e contou com a presença de mais de 500 pessoas.

    Reconhecida como uma das responsáveis pela aprovação do sistema de reserva de vagas para o ingresso de estudantes negros e indígenas na UnB, Sueli se tornou a primeira mulher negra a ser condecorada com o título pela universidade. Antes dela, três homens negros haviam recebido a outorga: o intelectual e ativista Abdias do Nascimento, o cantor e compositor Milton Santos e o histórico presidente da África do Sul, Nelson Mandela.

    “É com muito orgulho que recebo essa honraria extraordinária, o primeiro título Honoris Causa outorgado a uma mulher negra pela UnB. Me alegra ainda mais o fato desse reconhecimento que me é dado hoje, vir precedido de outros gestos de grande impacto ou simbolismo que a UnB vem dirigindo à comunidade negra. A UnB foi a primeira federal a reservar 20% das vagas para estudantes negros, em 2003 no marco institucional do Plano de Metas para integração social, étnica e racial desta universidade. O sistema foi implementado mudando significativamente o perfil do campus com a inclusão de mais de 30 mil estudantes por meio das cotas raciais”, destacou a filósofa na abertura do discurso.

    Leia mais: Quilombo nos Parlamentos: iniciativa do movimento negro apoia mais de 50 pré-candidaturas em todo país

    Ao relembrar sua trajetória, a ativista fez questão de sublinhar que a geração de militantes da qual faz parte “foi educada e conscientizada pelo movimento negro, por seus intelectuais ignorados pela universidade brasileira”.

    “Portanto, sei que este título presta reverência a pensadores e pensadoras que forjaram nossas consciências, nossas vozes insurgentes, no calor das lutas que travaram contra o racismo e o sexismo”, ressaltou.

    Ainda em seu discurso, Carneiro defendeu a conquista da equidade de gênero e de raça como “a luta mais importante da humanidade” e disse compreender a homenagem como um reconhecimento das lutas das mulheres e homens negros que “clamam por um novo pacto civilizatório que desaloje os privilégios consagrados de gênero e de raça”.

    Histórico

    Nascida em São Paulo, Aparecida Sueli Carneiro é doutora em Educação, graduada em Filosofia, e desde o final da década de 1970 participa de movimentos em busca de justiça social, racial e de gênero. Em 1988 participou da fundação do Geledés – Instituto da Mulher Negra, onde atua até hoje como coordenadora executiva.

    Leia mais: 200 anos de Maria Firmina dos Reis: quem foi a primeira romancista do Brasil?

    Autora de oito livros e diversos textos publicados em português, inglês, espanhol e alemão, em suas obras Carneiro defende a necessidade de enegrecer o feminismo e denuncia o apagamento ou “epistemicídio” – conceito teórico criado pelo filósofo português Boaventura de Sousa Santos para se referir à destruição e inferiorização de formas de conhecimento e saber – de mulheres negras que chegam ao poder.

    Além do título de doutora Honoris Causa, por sua militância e contribuição intelectual Sueli já recebeu prêmios como: Prêmio Kalman Silvert (2021), Prêmio Especial Vladimir Herzog (2020), Prêmio Itaú Cultural 30 Anos (2017), Prêmio Benedito Galvão (2014) e Prêmio Direitos Humanos da República Francesa.

    * Com informações da agência Alma Preta

    Edição: Jaqueline Deister

    cultura movimento negro racismo reconhecimento
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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