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    Comunicação

    Um ano sem Quino, o artista que apresentou Mafalda ao mundo

    Com histórias traduzidas para mais de 30 idiomas, cartunista faleceu um dia após o aniversário de sua principal personagem
    setembro 30, 2021Nenhum comentário4 min para ler
    Quino faleceu aos 88 anos de idade na Argentina (Foto: Ministerio de Cultura de la Nación)

    Há exatamente um ano, no dia 30 de setembro de 2020, o mundo se despedia de um dos maiores cartunistas latino-americanos, o argentino Joaquín Salvador Lavado ou, como ficou internacionalmente conhecido, o Quino.

    Autor das histórias em quadrinhos mais traduzidas da língua espanhola, Quino faleceu aos 88 anos de idade justamente no dia seguinte ao aniversário de sua principal personagem, a questionadora Mafalda. Na quarta-feira, 29 de setembro de 2021, a publicação da primeira tirinha da menina de seis anos que adorava Beatles, detestava sopa no jantar e se preocupava os problemas sociais do mundo completou 57 anos.

    Histórico

    Filho de imigrantes espanhóis, Quino nasceu em 17 de julho de 1932 na cidade de Mendoza. O apelido que o identificou até o fim da vida lhe foi atribuído logo na infância pela família para diferenciá-lo do tio e desenhista gráfico Joaquín Tejón, o grande responsável por sua iniciação nas artes. Com apenas três anos de idade Quino já manifestava sua vocação para o desenho e aos 13 anos se matriculou em uma escola de artes.

    Em 1945 o cartunista perdeu a mãe, em 1948 o pai, e em 1949 decidiu abandonar a Escola de Belas Artes de Mendoza para trabalhar com o que mais gostava de fazer: cartum e humor. Com 18 anos Quino se mudou para Buenos Aires e demorou três anos até conseguir publicar sua primeira página de humor no semanário Esto es.

    Na década de 60, Quino se casou com Alicia Colombo, com quem viveu até 2017, ano em que Alicia faleceu. Em 1976, por conta do governo militar na Argentina, o casal precisou se exilar em Milão, na Itália. Com a queda do regime, Quino e Alicia viveram anos revezando entre Espanha e Argentina. Após a morte da esposa, o cartunista voltou definitivamente para a cidade natal, Mendoza.

    Mafalda

    A primeira vez que Mafalda apareceu para o grande público foi nas páginas na revista semanal Primera Plana, em 1964. Segundo o próprio autor, a garotinha foi criada dois anos antes para estrelar uma peça publicitária de uma linha de eletrodomésticos chamada Mansfield, mas a campanha fracassou. Antes de ser publicada, Mafalda ainda foi rejeitada pelo jornal Clarín.

    Leia mais: Vanguarda: Argentina anuncia reconhecimento do cuidado materno como trabalho

    Entre 1965 e 1967, Mafalda foi publicada no jornal El Mundo. Nos anos seguintes, passou a ser impressa também na Itália, Espanha, Portugal, Brasil e em diversos outros países, tornando-se a tira em língua espanhola de maior sucesso da história. Os livros da menina foram traduzidos para mais de 30 idiomas e Mafalda chegou a ser protagonista de um filme produzido na Argentina e lançado em 1982.

    Ao longo de quase uma década, Quino publicou um total de 1.928 tiras estreladas por Mafalda, sua família e seus amigos Felipe, Susanita, Miguelito e Manolito. De acordo com o cartunista, a opção por uma protagonista mulher foi influenciada pelo movimento de emancipação feminina dos anos 1960. Inclusive, o tom político da tirinha fez com que a personagem enfrentasse a censura de governos totalitários em países como Espanha, Brasil, Chile e Bolívia.

    (Arte: Reprodução/Quino)

    Em 1973, esgotado pela produção quase diária das histórias de Mafalda, Quino decidiu parar de desenhar a personagem. Em entrevista inclusa na coletânea Toda Mafalda, que reúne todas as tiras da menina de San Telmo, o cartunista admitiu: “Acabou se tornando um personagem opressivo, uma obrigação, e então deixou de ser divertido, fiquei cansado”.

    A interrupção, contudo, não foi capaz de diminuir o alcance da obra. Além dos livros espalhados por todo mundo, Mafalda também ocupa espaços públicos com apelo turístico em países como Argentina, Peru e França.

    Morte

    Em seus últimos anos de vida, Quino se locomovia com cadeira de rodas e tinha a visão comprometida por um glaucoma diagnosticado ainda no início dos anos 2000. Ainda assim, de acordo com a imprensa argentina, o artista mantinha o bom humor nos últimos meses de vida.

    Leia mais: O direito de migrar: “Duas pessoas e um boliviano”

    O cartunista morreu em 2020 na mesma cidade em que nasceu, Mendoza. A causa da morte não foi oficialmente divulgada. Segundo a imprensa, Quino havia sofrido um acidente vascular cerebral poucos dias antes do falecimento.

    Edição: Jaqueline Deister

    américa latina argentina crítica cultura mafalda quino
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    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

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