Após quase um mês de espera desde a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pais e mães de crianças brasileiras de 5 a 11 anos poderão, nas próximas semanas, agendar a vacinação dos filhos contra a Covid-19.
Como o Governo Federal não definiu uma data para o início da aplicação das vacinas para o público infantil, a divulgação do calendário de imunização está sob responsabilidade dos governos de estados e municípios.
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O primeiro lote do imunizante pediátrico produzido pelo laboratório norte-americano Pfizer chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (13). A primeira remessa, com 1,2 milhão de doses da vacina, foi desembarcada no aeroporto de Viracapos, em Campinas (SP), e encaminhada para o centro de distribuição e logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos (SP).
Segundo o ministério, a distribuição aos estados e Distrito Federal foi iniciada ainda na quinta-feira e a quantidade enviada a cada unidade federativa foi proporcional à população de crianças.
Prioritários
Devido ao ainda baixo número de vacinas recebidas até o momento, a recomendação do Ministério da Saúde é de que a imunização comece por crianças com comorbidade, deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Em seguida, será a vez das crianças que vivem em lar com pessoas com alto risco de complicações da Covid e, na sequência, serão vacinadas as crianças sem comorbidades, em ordem decrescente de idade.
Até o momento, os governos do Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí e Tocantins declararam que seguirão as recomendações do Governo Federal para a vacinação de crianças.
Divergências
Ainda de acordo com o ministério, 20 milhões de vacinas pediátricas devem chegar ao país até o fim de março. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a pasta estima que tal quantidade será suficiente para garantir a primeira dose de todas as crianças brasileiras com idade entre 5 e 11 anos.
No entanto, para completar o esquema vacinal de toda a população nessa faixa etária, contudo, seriam necessárias 40 milhões de doses e, neste sentido, o Ministério da Saúde já informou que a encomenda de novos lotes do imunizante está condicionada à adesão dos pais à vacinação infantil. Por opção do Governo Federal, a vacinação das crianças de 5 a 11 anos não é obrigatória.
Além disso, diferente da recomendação da Anvisa, de que as duas doses da vacina fossem aplicadas com um intervalo de 21 dias entre uma e outra, a pasta do Ministro Marcelo Queiroga decidiu que o intervalo entre as doses pediátricas será de oito semanas.
A aplicação da vacina pediátrica da Pfizer foi aprovada pela Anvisa no dia 16 dezembro de 2021, mas só foi incorporada ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação do Ministério da Saúde em 5 de janeiro.
Edição: Jaqueline Deister