Facebook Twitter Instagram
    Agência Pulsar Brasil
    Facebook Twitter Instagram Whatsapp
    Amarc
    • Editorias
      • Gênero
      • Direitos Humanos
      • Política
      • Meio Ambiente
      • Internacional
      • Opinião
      • Comunicação
      • Geral
      • Cultura
    • Quem somos
    • Colunistas
    • Notícias da Rede
    • Outras agências
    • AMARC
    Agência Pulsar Brasil
    Você está aqui:Início » Organizações sociais e ouvintes se manifestam contra extinção de emissoras públicas de rádio
    Comunicação

    Organizações sociais e ouvintes se manifestam contra extinção de emissoras públicas de rádio

    Governo pretende desligar Rádio MEC AM e Rádio Nacional do Rio de Janeiro até o início de abril
    março 10, 2022Nenhum comentário5 min para ler
    Em 2019, o governo Bolsonaro já havia anunciado que encerraria as transmissões da Rádio MEC AM (Foto: Fermando Frazão/Agência Brasil)

    Desde o início de março, organizações sociais, jornalistas, pesquisadores, artistas, políticos e ouvintes tem protestado contra a decisão do Governo Federal de extinguir a Rádio MEC AM e a Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

    Segundo informações do colunista do jornal O Globo, Lauro Jardim, a medida foi anunciada ainda em fevereiro pelo diretor-geral da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), coronel Roni Pinto. Caso a decisão seja confirmada, a previsão é de que as emissoras públicas sejam desligadas até o fim de março.

    Em 2019, o governo Bolsonaro já havia ensaiado extinguir a MEC AM, mas recuou após pressão popular pela manutenção da emissora. A ameaça, todavia, retorna justamente em 2022, quando são comemorados os 100 anos da primeira transmissão oficial de rádio no Brasil.

    Atualmente, a Rádio MEC na frequência 800 Mhz AM. Já a Rádio Nacional do Rio pode ser ouvida na frequência 1.130 Mhz AM e também, desde maio de 2021, no dial 87,1 Khz FM, dentro da chamada faixa estendida.

    Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) repudiaram a proposta do Executivo e afirmaram que “a única explicação possível para a medida anunciada é a conhecida aversão do atual governo a tudo o que é público”.

    Leia também: Inquérito aberto pelo TSE investigará uso político da EBC por Bolsonaro

    No mesmo sentido, a Frente em Defesa da EBC e da Comunicação Pública, o Comitê em Defesa das Rádios MEC e Nacional e a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) lançaram um manifesto em que classificam a ameaça de desligamento das emissoras como um “novo ataque ao direito à informação e à comunicação de qualidade, sem interferência do mercado ou do Estado”.

    No documento, as entidades reivindicam: a manutenção de ambas as emissoras AM em operação e com qualidade de áudio e potência até a conclusão da migração plena para a faixa FM; a migração da Rádio MEC AM RJ para o dial FM do Rio de Janeiro, conforme feito com a Nacional; a concessão de canais FM no dial de municípios do Norte e Sul fluminense para suprir a necessidade dos ouvintes das rádios; e a aprovação pela Alerj dos projetos de lei que registram as emissoras como Patrimônio Histórico e Cultural Imaterial do Estado do Rio de Janeiro.

    De acordo com o manifesto, diante dos desafios tecnológicos impostos pelo Decreto 10.664/21, que estabelece o fim da frequência AM até o fim de 2023, é “imprescindível” que a EBC apresente à população um plano de migração das emissoras para o FM.

    “Os ouvintes precisam ser consultados. Não existe comunicação pública sem participação e controle social. Desligar as emissoras vai gerar um apagão para quem as ouve”, afirma o documento.

    Até o momento, o “Manifesto da sociedade civil pela permanência das emissoras públicas” conta com mais de 300 assinaturas de entidades, jornalistas, pesquisadores, artistas, parlamentares e ouvintes. A Associação Mundial das Rádios Comunitários (Amarc Brasil) é uma das organizações que compõem a lista.

    Pioneirismo e pluralidade

    Fundada em 1923, ainda como Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, a Rádio MEC AM é, hoje, a emissora mais antiga do país em atividade e não só mantém como também disponibiliza aos ouvintes um extenso e precioso acervo histórico. Além de programas culturais, infantis, infanto-juvenis e de divulgação científica, a MEC AM também se destaca por tocar segmentos musicais que não têm espaço em emissoras comerciais, como a ópera.

    Segundo a Frente em Defesa da EBC e a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação da Alerj, a simples transposição da programação da MEC AM para a MEC FM não resolveria o problema e poderia ainda piorá-lo. De acordo com as entidades, a medida descaracterizaria ambas as emissoras e poderia até acabar de vez com elas por não atender às especificidades dos respectivos públicos.

    Em relação à Rádio Nacional do Rio de Janeiro, emissora responsável pela chamada Época de Ouro do Rádio no Brasil (1930-1950), as frentes políticas consideram insuficiente a solução dada pelo governo de migrar a rádio para a frequência 87,1 FM.

    Primeiro porque a faixa estendida, além de funcionar ainda de modo experimental, é pouco conhecida pelos ouvintes e sequer pode ser sintonizada nos tradicionais aparelhos analógicos de rádio. Em seguida, porque, ao contrário da frequência AM, o referido dial tem alcance menor e restrito apenas à capital fluminense.

    “Na prática, com o desligamento do parque de transmissão AM no Rio de Janeiro, as emissoras históricas simplesmente deixam de existir e abandonam os ouvintes no interior”, apontam as entidades.

    Leia também: Ouvidoria Cidadã da EBC lança relatório com análises e denúncias sobre conteúdos veiculados pela empresa em 2021

    O manifesto em defesa das emissoras públicas também alerta sobre a intenção da EBC de unificar as cinco rádios que levam o nome de Nacional: a Rádio Nacional AM do Rio e de Brasília, a Rádio Nacional FM de Brasília, a Rádio Nacional da Amazônia OC e a Rádio Nacional do Alto Solimões, que opera em FM na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru.

    O texto ressalta que tratam-se de “emissoras específicas, que cumprem uma função social extremamente importante, têm sotaques diferentes e falam das pessoas daquela região”. Segundo o documento, “o que está em curso é uma tentativa de uniformização e apagamento dos conteúdos múltiplos, distintos e diversos historicamente oferecidos à população brasileira pelas emissoras públicas de Rádio, hoje pertencentes à EBC”.

    comunicação pública radio mec rádio nacional
    Compartilhe! Facebook Twitter WhatsApp
    Filipe Cabral

    Repórter da Agência Pulsar Brasil.

    Posts Relacionados

    Entrevista | Presidente da EBC comenta acordo com agência de notícias chinesa

    Jornalista Kariane Costa assume a presidência da EBC

    Sindicatos e Comissão de trabalhadores da EBC convocam ato de protesto e indicam estado de greve

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    Mais recentes
    setembro 21, 2023

    “Mal escrito e sem provas”: deputados contestam relatório final da CPI do MST

    setembro 20, 2023

    Toffoli vota contra marco temporal de terras indígenas em julgamento no STF

    setembro 19, 2023

    Em discurso na ONU, Lula cobra “vontade política” para superar as desigualdades no mundo

    setembro 18, 2023

    Sancionada lei que garante auxílio-aluguel a mulheres vítimas de violência doméstica

    Mais lidos
    Internacional
    setembro 14, 20230

    Em meio a crise econômica, governo argentino decide ampliar isenção do Imposto de Renda

    Internacional
    agosto 25, 20230

    Em pleno período eleitoral, entrada da Argentina no Brics divide opiniões entre governo e oposição

    Especial Margaridas
    agosto 16, 20230

    Marcha das Margaridas reúne mais de 100 mil mulheres em Brasília

    Internacional
    agosto 16, 20230

    Candidato de extrema-direita é o mais votado em eleições primárias da Argentina

    Especial Margaridas
    agosto 15, 20230

    “Até que todas sejamos livres”: Margaridas chegam a Brasília confiantes na reconstrução do país

    Especial Margaridas
    agosto 11, 20230

    Assassinato de Margarida Alves completa 40 anos: conheça o legado da agricultora e líder sindical

    • Facebook
    • Twitter
    Agência Informativa Pulsar Brasil
    Um programa da Amarc Brasil

    QUEM SOMOS contato@agenciapulsarbrasil.org

    Type above and press Enter to search. Press Esc to cancel.